
O que acontece quando uma das personalidades mais polarizadoras do planeta supostamente desaparece? O caos, é claro. Na manhã desta sexta-feira, as redes sociais entraram em colapso com um boato absurdo: Donald Trump teria morrido.
Imagina só a cena: milhares de pessoas correndo para o Google em pânico, buscando por "Trump morreu" enquanto o sujeito em questão, bem vivo obrigado, dava tacadas precisas em um campo de golfe na Flórida. A ironia é tão densa que você poderia cortá-la com uma faca.
O Efeito Dominó das Mentiras Digitais
Parece que estamos mesmo vivendo na era da pós-verdade, não é? Em questão de minutos, a hashtag #TrumpDeath explodiu no X (antigo Twitter), enquanto no Facebook os memes e as teorias conspiratórias se multiplicavam mais rápido que coelho. As plataformas tentaram conter a avalanche, mas a desinformação é um incêndio que se alastra com vento forte.
E não foram só os perfis anônimos espalhando o boato - algumas contas verificadas, aquelas com selinho azul que supostamente deveriam ter credibilidade, caíram como patinhos na armadilha da fake news. Que tempos estranhos vivemos!
Quando a Realidade Bate à Porta
Enquanto o digital fervilhava com especulações macabras, a realidade apresentava seus fatos de maneira irrefutável: vídeos e fotos de Trump jogando golfe, sorridente e relaxado, como quem não tem preocupação no mundo. Aparentemente, as notícias sobre sua própria morte eram grandemente exageradas, para parafrasear Mark Twain.
O ex-presidente, sempre performático, não perdeu a chance de transformar o episódio em material para sua campanha. Alguém duvida que vamos ver isso nos comícios dele? "Eles espalham mentiras sobre mim, mas aqui estou, mais vivo do que nunca!"
O Mecanismo das Fake News
Como essas coisas ganham tanta tração? É assustadoramente simples: emoção + velocidade = viralidade. Notícias chocantes, especialmente sobre figuras públicas, ativam nossos instintos mais básicos de curiosidade e preocupação. Compartilhamos primeiro, verificamos depois - se é que verificamos.
E o Google Trends não mente: os picos de busca foram tão abruptos que pareciam um eletrocardiograma durante um ataque cardíaco. Só que o paciente, neste caso, estava perfeitamente saudável e dando putts a poucos quilômetros de distância.
Lições de Um Dia Absurdo
Talvez a moral da história seja que devemos respirar fundo antes de compartilhar aquela notícia bombástica. Ou que as plataformas precisam ser mais ágeis em conter mentiras perigosas. Ou ainda que, num mundo de inteligência artificial deepfakes, em breve não saberemos mais distinguir realidade de ficção.
Uma coisa é certa: Trump continua sendo Trump, vivo, polêmico e imprevisível. E a internet? Bem, a internet continua sendo terra de ninguém, onde verdades e mentiras se misturam numa dança frenética que às vezes beira o surreal.