Operação Mira desvenda desvios de R$ 1,6 bilhão em UPAs de SC — veja os detalhes
Operação Mira apura desvios de R$ 1,6 bi em UPAs de SC

Parece que o jogo virou para alguns gestores de saúde em Santa Catarina. A Polícia Civil deflagrou nesta quinta-feira (8) a Operação Mira, que investiga um esquema de desvios que beira os impressionantes R$ 1,6 bilhão em recursos públicos destinados a Unidades de Pronto Atendimento (UPAs).

E olha que o buraco é mais embaixo: segundo as investigações, a empresa responsável pela gestão dessas unidades — que prefiro não nomear aqui — estaria envolvida em um verdadeiro festival de irregularidades. Desde superfaturamento descarado até serviços fantasmas, o esquema tinha de tudo um pouco.

Como funcionava o esquema?

Os investigadores descobriram que:

  • Contratos eram inflados como balões de São João
  • Equipamentos médicos custavam o triplo do valor de mercado
  • Profissionais "fantasmas" recebiam sem nunca ter pisado nas UPAs

Não é à toa que o Ministério Público está com os cabelos em pé. Afinal, estamos falando de dinheiro que deveria estar salvando vidas, não enchendo bolsos.

O que dizem as autoridades?

"É um caso grave de lesão ao erário", afirmou um dos delegados envolvidos na operação, que preferiu não se identificar. Ele destacou que as investigações começaram há mais de um ano, após denúncias anônimas — prova de que a população está de olho.

Enquanto isso, a defesa da empresa alegou que "todos os procedimentos foram realizados dentro da legalidade". Só que, convenhamos, R$ 1,6 bilhão não some assim, do nada...

E agora?

A operação resultou em:

  1. Busca e apreensão em 12 endereços
  2. Bloqueio de bens dos investigados
  3. Quebra de sigilo bancário e fiscal

O caso promete dar ainda mais pano pra manga. Afinal, quando o assunto é dinheiro público — e saúde, ainda por cima — a cobrança por transparência é máxima. Santa Catarina merece respostas, e rápido.