
Numa daquelas declarações que deixam analistas coçando a cabeça, Vladimir Putin soltou o verbo sobre as conversas de paz na Ucrânia — e não foi exatamente um discurso para animar os ânimos. O presidente russo, sempre cheio de firulas diplomáticas, evitou como o diabo foge da cruz qualquer menção a Donald Trump, mas deixou escapar suas dúvidas sobre o processo.
"Tem gente achando que resolver isso é como trocar figurinhas no recreio", disparou, com aquela cara de poucos amigos que todo mundo conhece. E completou: "Quando vejo certas expectativas, parece que estão falando de outro planeta." Nada como um banho de água fria na esperança de trégua, não?
O jogo das cadeiras geopolíticas
Enquanto isso, nos bastidores, a coisa esquenta. Diplomatas de vários países — aqueles que ainda não desistiram de mediar o conflito — andam com as orelhas em pé. O problema? Cada lado puxa a brasa para sua sardinha, e o fosso entre as posições parece mais largo que o Rio Amazonas.
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E no meio desse xadrez complexo, Putin solta: "Não vamos correr atrás de ilusões." Frase que, traduzindo do politiquês, significa algo como "sentem e chorem".
E os EUA nessa história?
Aqui entra a parte curiosa: zero — repito, zero — referências a Trump, mesmo com as eleições americanas batendo à porta. Coincidência? Difícil acreditar. Especialistas arriscam que o Kremlin prefere não queimar cartas antes da votação, mantendo todas as opções em aberto.
Enquanto os tambores de guerra não calam, civis ucranianos seguem pagando o pato. E as tão esperadas negociações? Bem, pelo andar da carruagem, parece que vão ficar para as calendas gregas — ou até que alguém ceda. Mas nesse cabo-de-guerra, a única certeza é que o povo continua no meio do fogo cruzado.