
Não é de hoje que a Faixa de Gaza vive sob tensão, mas o que a ONU descreveu nesta quinta-feira vai além do imaginável. Em um tom que mistura urgência e frustração, a organização classificou a ocupação atual como "insustentável e desumana" — e não, não é exagero.
"Basta!" — foi quase isso que disse o porta-voz da ONU, em um comunicado que parece mais um grito de socorro do que um mero relatório diplomático. Segundo eles, a situação já ultrapassou todos os limites do aceitável. E olha que, nessa região, os limites já eram bem flexíveis...
O que está acontecendo, afinal?
Imagine uma cidade onde:
- Hospitais operam sem energia elétrica
- Crianças nascem sob o barulho de explosões
- Famílias inteiras dividem um pão — quando há pão
Parece cena de filme apocalíptico? Pois é a realidade diária em Gaza, segundo os relatos mais recentes. A ONU foi direta: "Isso não é guerra, é castigo coletivo". Palavras duras, mas será que alguém está ouvindo?
Os números que doem
Sabe aquela estatística que a gente lê e depois não consegue esquecer? Pois bem:
Mais de 85% da população local — sim, você leu certo — depende de ajuda humanitária para sobreviver. Água? Racionada. Remédios? Escassos. Paz? Bem... essa parece a mercadoria mais rara de todas.
E tem mais: a ONU calcula que levará décadas para reconstruir o que foi destruído em poucos meses. Se é que será possível reconstruir vidas tão marcadas.
E agora?
O pedido da ONU é claro: cessar-fogo imediato e fim da ocupação. Mas entre o discurso e a ação, sabe como é, sempre tem um abismo. Enquanto isso, a comunidade internacional assiste — alguns com preocupação genuína, outros com aquela indiferença que dói mais que bala.
Uma coisa é certa: Gaza não pode esperar. E a pergunta que fica é: quantos relatórios, quantas vidas perdidas serão necessárias para que o mundo acorde de vez?