
O solo treme, e não é metáfora. Nesta terça-feira (16), o governo de Benjamin Netanyahu deu um passo que ecoará por décadas: tropas israelenses, num movimento esperado mas ainda assim arrasador, cruzaram a fronteira e iniciaram a ocupação da Cidade de Gaza. A tensão, que já sangrava há semanas, explodiu de vez.
O que se vê é uma operação de uma complexidade brutal – uma investida por terra, mar e ar, uma sinfonia de destruição que, segundo fontes militares, mira desmantelar de uma vez por todas a infraestrutura do Hamas. A justificativa? A tal "segurança futura" de Israel, um conceito que, na prática, se traduz em tanques e soldados nas ruas de um território sitiado.
Um Cerco de Aço e Medo
Não é exagero dizer que Gaza está encurralada. A investida não veio sozinha; foi precedida por um bombardeio aéreo que, francamente, parecia não ter fim. Aviões de guerra israelenses cortaram os céus, transformando alvos em escombros. A marinha fez sua parte, fechando o cerco pela costa. E agora, a infantura.
E o povo? Ah, o povo... Civis, presos no fogo cruzado de uma guerra que não pediram para travar, receberam ordens para fugir. Mas para onde, exatamente? A região é um labirinto de perigo, com estradas cortadas e esperança escassa. A comunidade internacional solta alertas – falam em catástrofe humanitária, em violação do direito internacional –, mas soam como sussurros diante do rugido dos motores de tanques.
O Silêncio Estrondoso das Nações
Enquanto isso, o mundo assiste. Alguns condenam, outros apoiam, muitos ficam num silêncio constrangedor. A ONU tenta negociar, mas parece nadar contra uma correnteza de aço e ódio. A verdade nua e crua é que esta ofensiva é um ponto de não retorno. Redefinirá o mapa geopolítico da região, custe o que custar.
O premiê Netanyahu é claro, quase triunfante: a operação seguirá "pelo tempo necessário". São palavras que carregam o peso de milhares de destinos. Enquanto isso, em Gaza, a vida se esvai entre os escombros. O que virá depois? Ninguém sabe ao certo. Só se sabe que nada será como antes.