Ataque de Israel no Irã: AIEA confirma destruição de fábricas de centrífugas nucleares
Israel ataca fábricas de centrífugas nucleares no Irã

Um ataque aéreo israelense destruiu fábricas de centrífugas no Irã, segundo relatório da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), divulgado nesta terça-feira (18). As instalações eram usadas para o enriquecimento de urânio, componente essencial para a produção de armas nucleares.

O incidente ocorre em meio a crescentes tensões entre os dois países, que há anos travam uma disputa silenciosa sobre o programa nuclear iraniano. Israel, que não comenta oficialmente sobre operações no Irã, é acusado por Teerã de sabotagens e assassinatos de cientistas nucleares.

Impacto no programa nuclear iraniano

Especialistas acreditam que o ataque possa retardar em meses o avanço do Irã no enriquecimento de urânio. As centrífugas são equipamentos cruciais nesse processo, e sua destruição exige tempo e recursos para substituição.

"Esta não é a primeira vez que instalações nucleares iranianas são alvo, mas a escala parece maior", analisa um diplomata ocidental que acompanha o dossier nuclear.

Reações internacionais

Até o momento, o governo iraniano não se manifestou oficialmente sobre o ataque. Já a AIEA emitiu um comunicado expressando "grave preocupação" com a escalada e pedindo moderação de ambas as partes.

O incidente ocorre semanas antes das eleições presidenciais no Irã, em um momento delicado para o regime. Analistas temem que o ataque possa ser usado para unir a população em torno do governo.

Contexto geopolítico

Israel considera inaceitável qualquer avanço iraniano em direção à bomba atômica, citando repetidas ameaças de aniquilação feitas por líderes de Teerã. O país mantém sua política de "operação militar preventiva" contra ameaças existenciais.

Este é o maior ataque a instalações nucleares iranianas desde 2021, quando uma explosão misteriosa atingiu a usina de Natanz. Desde então, as tensões na região só aumentaram.