
O barril de pólvora no Oriente Médio parece prestes a explodir — e dessa vez o estopim veio de Teerã. Numa declaração que ecoou como um trovão pelas chancelarias globais, o Irã acusou Israel nesta quinta-feira de orquestrar um "plano sistemático de limpeza étnica" na Faixa de Gaza.
"Não são meras operações militares, mas sim uma engrenagem bem lubrificada para expulsar os palestinos de suas terras", disparou o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores iraniano, Nasser Kanaani, em coletiva que mais parecia um barril de pólvora prestes a explodir.
Os números que assustam
Segundo dados apresentados pelas autoridades de Gaza — e que você dificilmente verá nos telejornais convencionais — mais de 1,7 milhão de palestinos já teriam sido "deslocados à força" desde o início dos recentes conflitos. Um em cada três habitantes da região estaria, neste exato momento, vivendo em condições que lembram campos de refugiados improvisados.
E aqui vem o pulo do gato: fontes próximas ao governo iraniano afirmam ter documentos que comprovariam reuniões secretas do gabinete israelense discutindo — pasme — a "transferência populacional" como solução definitiva para o conflito.
O jogo das cadeiras musicais geopolíticas
Enquanto isso, Washington parece estar fazendo malabarismos diplomáticos dignos de circo. Por um lado, os EUA continuam seu apoio incondicional a Israel. Por outro, tentam conter o estrago nas relações com países árabes — que estão, digamos, "menos do que satisfeitos" com o desenrolar dos acontecimentos.
"É como tentar apagar fogo com gasolina", comentou um analista anônimo do Brookings Institute, pedindo para não ser identificado. "Cada movimento dos americanos parece piorar a situação, mas eles insistem nessa estratégia."
E o Brasil nessa história? Nosso Itamaraty emitiu o de sempre — uma nota genérica pedindo "moderação de ambos os lados". Parece que nossa diplomacia prefere nadar em águas mornas quando o assunto esquenta de verdade.
O que diz o outro lado
Procurado, o governo israelense classificou as acusações como "delírios antissemitas". Um assessor do primeiro-ministro, que falou sob condição de anonimato, foi mais direto: "O Irã precisa inventar crises para esconder seu próprio fracasso interno".
Mas há um detalhe que poucos estão notando: enquanto essa guerra de narrativas esquenta, a situação humanitária em Gaza atinge níveis que até os mais endurecidos diplomatas consideram "além do limite". Crianças morrendo por falta de medicamentos básicos, famílias inteiras vivendo sob escombros — essa é a realidade por trás dos discursos inflamados.
Uma coisa é certa: nesse tabuleiro geopolítico, os peões de carne e osso são sempre os que mais sofrem. E você, leitor, em que time está nessa partida onde todos parecem perder?