
Quem diria que, 80 anos depois daquela manhã que mudou Hiroshima para sempre, estaríamos falando de mais ogivas nucleares, não de menos? Pois é, meu caro leitor. Enquanto os sobreviventes ainda contam histórias de horror — dessas que a gente ouve com um nó na garganta —, os números mostram um cenário que parece saído de um pesadelo retro.
Os números que não mentem (e assustam)
Sabe aquela sensação de "déjà vu"? Pois os relatórios mais recentes dão um frio na espinha: 9.585 ogivas nucleares espalhadas por aí. Isso mesmo — quase dez mil bombas capazes de fazer o que fizeram em 1945, só que pior. Muito pior.
E olha só a ironia: no aniversário de 80 anos da tragédia, quando todo mundo devia estar celebrando a paz, os países nucleares estão aumentando seus arsenais. Rússia, China, Coreia do Norte... Parece que ninguém aprendeu a lição.
"Modernização" — o eufemismo perigoso
Os especialistas — esses sim, gente que entende do riscado — falam em "modernização" das armas. Mas vamos combinar? É como dar um tapa de giz num caixão. Os EUA, por exemplo, estão gastando uma nota preta (falamos de bilhões, com B maiúsculo) em bombas "novinhas em folha".
E não é só lá. A Coreia do Norte, essa figurinha carimbada nos noticiários, fez uns testes recentes que deixaram meio mundo de cabelo em pé. A Rússia, então? Nem se fala. Com essa guerra na Ucrânia, o medo de um "acidente" nuclear voltou com força total.
Lições não aprendidas
Os hibakushas — sobreviventes da bomba — não cansam de avisar: "Isso não pode acontecer de novo". Mas parece que os ouvidos dos poderosos estão entupidos. Enquanto isso, nas cerimônias em Hiroshima, discursos bonitos se misturam com a dura realidade dos fatos.
Uma coisa é certa: se tem algo que a história nos ensinou, é que armas nucleares não trazem segurança — só a ilusão dela. E como dizia meu avô: "Quem brinca com fogo..." Bom, você sabe o resto.