As imagens que circulam nesta quinta-feira (02/08) são de cortar o coração. O Hamas, grupo que controla a Faixa de Gaza, soltou um vídeo mostrando um refém israelense — magro, com olheiras profundas e visivelmente abalado. As condições? Nem meu pior pesadelo seria tão cruel.
O homem, cuja identidade não foi revelada, aparece sentado numa cadeira de plástico, com roupas surradas e um olhar perdido. Dá pra contar os ossos do pescoço. O cenário ao fundo? Uma parede descascada e um chão sujo que mais parece um porão abandonado.
Detalhes que doem
Não é só a aparência física que choca. A maneira como ele segura as próprias mãos — trêmulas, quase em prece silenciosa — faz qualquer um engolir seco. A voz, quando fala, sai arrastada, como se cada palavra custasse um pedaço daquilo que lhe resta de força.
E o pior? Especialistas em conflitos internacionais já apontam que esse tipo de tratamento viola convenções básicas de guerra. "Isso não é prisioneiro de guerra, é tortura psicológica disfarçada", comenta um analista que preferiu não se identificar.
Repercussão imediata
Do outro lado do conflito, o governo israelense reagiu como era esperado: com indignação. O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu classificou as imagens como "prova irrefutável da barbárie terrorista". Já nas redes sociais, a hashtag #SaveTheHostage viralizou em menos de duas horas.
Mas aqui vai o pulo do gato — será que a divulgação dessas cenas não é justamente o que o Hamas quer? Criar comoção internacional, pressionar por negociações... É como diz meu avô: "em briga de marido e mulher, quem mete a colher sai machucado".
Enquanto isso, famílias de outros reféns seguem num suspense agonizante. "Cada segundo é uma eternidade quando seu filho pode estar passando por isso", desabafa uma mãe durante protesto em Tel Aviv. A dor dela, visível nas fotos que correm o mundo, é o retrato mais nítido desse conflito sem fim à vista.
