Quem diria, hein? Damares Alves, aquela mesma que durante anos levantou a bandeira do conservadorismo como ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, agora está batendo um papo totalmente diferente. A ex-ministra — sim, você não leu errado — resolveu abraçar a causa das cotas para pessoas trans. E olha que ninguém viu essa guinada chegando!
De repente, a mesma voz que ecoava nos discursos tradicionais agora fala em "reparação histórica" e "inclusão necessária". Será que o vento virou ou é apenas estratégia política? Difícil cravar, mas uma coisa é certa: o debate esquentou.
Do "menino veste azul" ao "direito à cota"
Lembra daquela polêmica do "menino veste azul e menina veste rosa"? Pois é, parece que a Damares de 2024 não é mais a mesma. Em entrevista recente, ela soltou o verbo: "Precisamos garantir espaço para quem sempre foi excluído". E completou, com uma convicção que deixou muitos de queixo caído: "As cotas são um mecanismo justo para reparar injustiças".
Não foi um "pequeno ajuste" no discurso — foi um terremoto nas posições públicas dela. E olha que nem faz tanto tempo assim que ela defendia pautas diametralmente opostas. O que mudou? Bom, aí já são outros quinhentos...
Reações à reviravolta
Nas redes sociais, o burburinho foi geral. De um lado, ativistas LGBTQIA+ comemorando — ainda que com certo pé atrás. "Melhor tarde do que nunca", comentou uma liderança trans, sem esconder o ceticismo. Do outro, os antigos aliados conservadores não perdoaram: "Traição aos valores", "mudou de time" — as críticas choviam.
E no meio desse furacão, Damares parece estar nadando de braçada. Será estratégia eleitoral? Tentativa de se reposicionar? Ou será que ela realmente teve um click? Difícil dizer, mas o fato é que o debate sobre inclusão ganhou um personagem inesperado.
Uma coisa é certa: quando um dos rostos do conservadorismo brasileiro muda tanto assim de opinião sobre um tema tão sensível, a gente pode esperar por muita discussão — e talvez até algumas novas alianças políticas no horizonte. O tempo dirá se essa nova Damares veio para ficar ou se é apenas mais um capítulo na sempre surpreendente política brasileira.
