
Numa jogada que surpreendeu a muitos — mas nem tanto pra quem acompanha o estilo "me contraria, tá fora" do ex-presidente — Donald Trump demitiu nesta semana Erika McEntarfer, a até então chefe do Departamento do Trabalho dos Estados Unidos.
O motivo? Dados. Sim, aqueles números chatos que teimam em contar a verdade. As estatísticas oficiais do mercado de trabalho, divulgadas sob o comando de McEntarfer, simplesmente não bateram com o discurso triunfalista que Trump vinha vendendo nas redes sociais.
Quando os números falam mais alto
Segundo fontes próximas à Casa Branca (da época, claro), o estopim foi um relatório mostrando desaceleração na criação de empregos — coisa que o ex-presidente classificou como "fake news estatística". Não importava que fosse informação oficial. Se não agradava, era mentira.
McEntarfer, uma economista com décadas de experiência, teria insistido na precisão dos dados. "Os números são os números", disse ela, segundo colegas. Trump, conhecido por sua relação... digamos, flexível com a verdade, não engoliu.
O preço da honestidade profissional
Numa reunião tensa — dessas que deixam assistentes com dor de barriga — o magnata teria disparado: "Você trabalha pra mim ou pros números?". A resposta silenciosa da economista, mantendo a postura técnica, selou seu destino.
O caso lembra outros episódios onde técnicos foram "convidados a se retirar" por apresentarem fatos inconvenientes. Como aquele diretor do CDC que discordou publicamente de Trump sobre a pandemia. Coincidência? Difícil dizer.
E agora?
Com a saída de McEntarfer, o Departamento do Trabalho fica mais uma vez sob suspeita de manipulação política. Especialistas temem que o próximo chefe seja escolhido mais por lealdade do que por competência.
Enquanto isso, o mercado observa com atenção. Afinal, dados confiáveis são o alicerce de decisões econômicas sérias. Sem eles, é como pilotar um avião com o painel quebrado — pode até decolar, mas o pouso... bom, melhor nem pensar.