Apoiadores de Bolsonaro tomam Copacabana em ato cheio de emoção e bandeiras
Ato de Bolsonaro reúne milhares em Copacabana

Não era só mais um domingo qualquer na praia mais famosa do Brasil. Copacabana virou palco de um verdadeiro tsunami verde-amarelo, com uma multidão que parecia não ter fim — calcula-se que eram uns 15 mil, mas quem conta direito? Aquele povo todo transformou o calçadão num rio de bandeiras, camisetas e cartazes com frases de efeito.

O clima? Nem preciso dizer. Aquele misto de comício, festa de família grande e final de campeonato. Tinha de tudo: desde senhoras com viseiras do "Brasil acima de tudo" até crianças pintadas com as cores da bandeira. E olha que o sol não deu trégua — mas ninguém parecia se importar.

Os discursos que incendiaram a praia

Quando o primeiro orador subiu no palco improvisado, a galera explodiu como fogos no Réveillon. Os temas? Ah, os de sempre, mas com um tempero a mais de urgência. Falou-se de "defesa da liberdade", "combate à corrupção" e — claro — "o perigo da esquerda". Teve até quem jurasse que o ex-presidente foi vítima da maior injustiça política desde o impeachment da Dilma.

E não foram só palavras. A cada frase mais contundente, a multidão respondia com:

  • Palmas que ecoavam até o Leme
  • Gritos de "mito" que deixavam os turistas assustados
  • Ondas humanas que lembravam aqueles antigos jogos da seleção

Numa hora dessas, até os vendedores ambulantes de água de coco pararam pra ouvir — e olha que agosto é mês de fartura pra eles.

O inesperado: os "heróis" do evento

Quem pensa que foi só discurso político se engana. Teve momento que parecia programa de auditório, quando subiram no palco:

  1. Um policial militar aposentado que virou "meme" durante as eleições
  2. Aquela influencer digital que faz vídeos "desmascarando a mídia"
  3. Até um pastor — desses que mistura Bíblia com política sem dó — apareceu pra abençoar a galera

Dá pra acreditar? Parecia que cada grupo ali tinha seu próprio representante no palco. E o pior (ou melhor)? Todos foram ovacionados como se fossem estrelas de rock.

Enquanto isso, na areia, um grupo de senhoras organizava um mutirão para recolher lixo — "porque a esquerda não vai poder dizer que sujamos a praia", explicou uma delas, com orgulho visível no olhar.

E o Rio, como ficou nessa história?

A prefeitura — aquela mesma que vive brigando com o governo federal — liberou o evento sem muita frescura. A PM fez um esquema especial, mas no final foi mais pra garantir que os turistas não se assustassem com o barulho. Até o metrô aumentou a frequência dos trens, sabia?

Os comerciantes da orla? Uns reclamando do movimento que afastou a clientela usual, outros agradecendo pelo faturamento extra — política, no fim das contas, também move a economia.

E o mais curioso: enquanto o ato rolava a todo vapor, na outra ponta da praia um casal se casava no Copacabana Palace. Dá pra imaginar as fotos do álbum de núpcias com aquele mar de verde-amarelo ao fundo? História pra contar pros netos, com certeza.

Quando o sol começou a se por — e a maré a subir —, a galera foi aos poucos dispersando. Mas deixaram pra trás mais do que pegadas na areia: um recado claro de que essa turma não pretende sair de cena tão cedo. Resta saber se a política nacional vai mesmo ouvir o que essas vozes têm a dizer.