Parece que o mundo finalmente descobriu o que os baianos já sabem há séculos: a Bahia é simplesmente irresistível. Os números não mentem — e, cá entre nós, estão surpreendendo até os otimistas de plantão.
Nos primeiros seis meses de 2025, os aeroportos do estado registraram um aumento de quase 30% na chegada de turistas estrangeiros comparado ao mesmo período do ano passado. Um verdadeiro boom, como diriam os economistas, mas que tem explicações muito mais saborosas do que simples estatísticas.
O que está puxando essa onda?
Especialistas apontam três fatores principais, mas eu acrescentaria um quarto — aquele que ninguém fala, mas todo mundo sente:
- Rota aérea direta de Lisboa: desde março, a TAP aumentou de 5 para 11 voos semanais. E olha só — todos lotados!
- Festivais culturais: o Carnaval de Salvador virou fenômeno global, mas agora há eventos o ano todo. Quem diria que o São João na Chapada Diamantina faria sucesso com europeus?
- Custo-benefício: com o dólar mais amigável, aquela sensação de "levar o dobro na mala" voltou com força total.
E o tal quarto motivo? Ah, é simples — a Bahia tem aquela vibe que nenhum algoritmo consegue explicar. Você sente no ar, no cheiro da moqueca, no sorriso fácil das pessoas.
Impactos além do óbvio
Enquanto alguns hotéis na Barra reclamam da falta de quartos (coitados!), o comércio local está vivendo dias de festa. Conversando com artesãos do Pelourinho, descobri histórias incríveis:
"Minhas peças com miçangas agora vão pra Paris como lembrança exótica. Nunca imaginei!" — Dona Maria, 62 anos, artesã há quatro décadas.
Mas nem tudo são flores. O secretário de turismo admitiu, com rara honestidade: "Precisamos correr para melhorar a infraestrutura. Esse crescimento pegou até nós de surpresa."
E os próximos meses?
Com a alta temporada europeia batendo na porta, as previsões são de recordes ainda maiores. Algumas pousadas em Morro de São Paulo já estão com reservas fechadas até novembro — coisa que não se via desde antes da pandemia.
Será que a Bahia vai ultrapassar o Rio como destino favorito dos estrangeiros? Bom, isso já é conversa pra outro dia... Mas uma coisa é certa: o axé tá forte, e o mundo parece finalmente estar ouvindo o chamado.
