
Quem acompanha o drama dos brasileiros na fila do INSS sabe: esperar meses (às vezes anos) por um benefício não é brincadeira. Mas parece que o vento está mudando — e pra melhor. Dados fresquinhos revelam que a tal fila encolheu 10% em apenas quatro meses. Não é milagre, mas já dá um alívio.
Segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), o número caiu de 2,7 milhões para 2,4 milhões de pessoas entre março e julho deste ano. Uma queda que, convenhamos, não resolve tudo, mas mostra que alguma coisa está sendo feita. Será o início de uma tendência?
O que explica essa redução?
Olha só, tem um conjunto de fatores aí — e nenhum deles é simples sorte. Primeiro, o governo federal tem investido pesado em concursos para o INSS, lotando os postos de atendimento com novos servidores. Mais gente trabalhando significa menos processos empilhados. Simples assim.
Além disso, a digitalização dos serviços avançou. Agora dá pra marcar perícia médica pelo Meu INSS, sem precisar enfrentar aquela fila interminável na agência. Convenhamos: no século XXI, era pra isso já ser padrão, né?
Mas calma, não é festa ainda
Dois milhões e meio de pessoas ainda esperam. Isso é quase a população inteira de Brasília na fila! E tem mais: os especialistas alertam que muitos desses processos são complexos — casos de doenças raras ou situações trabalhistas complicadas. Esses demoram mesmo.
Outro ponto: a crise econômica fez disparar os pedidos de auxílio-doença e aposentadoria por invalidez. Quando o emprego falta, a saúde piora. E aí o INSS vira a tábua de salvação de muita gente.
O que você acha? Essa redução é sinal de que o pior já passou, ou só um respiro antes de nova alta? Uma coisa é certa: enquanto houver um brasileiro esperando anos pelo seu direito, o trabalho está longe de acabar.