O presidente da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), Jorge Viana, afirmou nesta quarta-feira (10) que São Paulo será o estado mais impactado pelo aumento de tarifas anunciado pelo governo federal.
Segundo Viana, a medida, conhecida como "tarifaço", pode prejudicar significativamente a competitividade das empresas paulistas no mercado internacional. "São Paulo concentra grande parte das exportações do país, e qualquer aumento de custos afeta diretamente a capacidade de competir", explicou.
Impactos na economia
O aumento das tarifas deve elevar os custos de produção e logística, o que pode reduzir a margem de lucro das empresas e, consequentemente, diminuir os investimentos em inovação e expansão.
Viana destacou que setores como automotivo, tecnologia e agronegócio serão os mais afetados. "São setores estratégicos para o país, e qualquer desequilíbrio pode ter repercussões em cadeia", alertou.
Reações do setor produtivo
Representantes de indústrias paulistas já manifestaram preocupação com a medida. Para muitos, o tarifaço chega em um momento delicado, quando as empresas ainda se recuperam dos efeitos da pandemia e enfrentam desafios como a alta dos juros e a inflação.
"Precisamos de políticas que estimulem a produção, não que a penalizem", disse um empresário do setor de autopeças, que preferiu não se identificar.
O que esperar?
Especialistas alertam que, sem medidas compensatórias, o tarifaço pode levar a uma redução nas exportações e até a perda de mercados internacionais. "O governo precisa pensar em alternativas para minimizar os impactos", concluiu Viana.
