Não é de hoje que o jogo de braço comercial entre Brasil e Estados Unidos esquenta — mas o último movimento de Trump deixou o presidente Lula com a pulga atrás da orelha. Na tarde desta segunda (28), o mandatário brasileiro soltou o verbo sobre as novas tarifas americanas que prometem sacudir as exportações nacionais.
"Espero que o presidente Trump lembre que vivemos num mundo civilizado", disparou Lula, com aquela cara de quem engoliu um limão azedo. "Tarifas são como remédio amargo — só servem quando absolutamente necessárias. E olhe lá."
O xadrez das taxações
O que pegou mesmo foi o tom. Nem tanto pela crítica ao protecionismo — isso já era esperado —, mas pela provocação velada. Lula jogou verde pra colher maduro, sugerindo que a medida americana cheira a birra de quem não quer jogar limo.
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Curioso como esses embates lembram aquelas brigas de condomínio. De um lado, os EUA erguendo muros alfandegários. Do outro, o Brasil com seu discurso de "vamos conversar como adultos". Será que cola?
Entre linhas
Analistas ouvidos pelo G1 destacam o timing político. Com eleições americanas no horizonte, Trump parece mais preocupado em agradar sua base do que em manter relações cordiais. Já Lula — ah, Lula! — usa o episódio pra reforçar sua imagem de estadista pragmático.
Não é só economia, bobagem. Tem um cheirinho de geopolítica nisso tudo. O Brasil quer ser visto como mediador no tabuleiro global, não como peão. Mas convenhamos: quando o elefante (no caso, o Tio Sam) resolve dançar, todo mundo sai machucado.
E agora? O Palácio do Planalto garante que vai "explorar todas as vias diplomáticas". Traduzindo: espernear um pouco, mostrar os dentes, mas no final sentar à mesa. Afinal, como diria meu avô, "briga com rico só no judiciário".
