
O clima nos corredores do Ministério da Fazenda está eletrizante. Fernando Haddad, com aquele jeito característico de quem não perde tempo, adiantou que os próximos dias podem ser decisivos para o Brasil. E não é para menos — uma reunião de alto nível com os Estados Unidos está prestes a acontecer.
"Estamos finalizando os ajustes", soltou o ministro, entre um café e outro, sem dar muitos detalhes. Mas quem conhece o ritmo dessas negociações sabe: quando Haddad fala em "dias", é melhor ficar de olho.
O que está na mesa?
Fontes próximas ao governo sussurram sobre três pilares principais:
- Comércio bilateral: Aquele velho jogo de ganha-ganha (ou será perde-perde?) que sempre deixa todo mundo na ponta dos pés
- Barreiras tarifárias: Alguém aí disse "soja" e "aço"? Pois é...
- Tecnologia verde: O tema do momento, que pode render bons frutos — ou pelo menos bons discursos
Curiosamente, enquanto Haddad falava, um assessor corrigia discretamente a pronúncia de "subsídios" no relatório em inglês. Coincidência? Difícil dizer.
Timing é tudo
Se tem uma coisa que Brasília ensina é que calendário político não se improvisa. A escolha por negociar agora — com o dólar oscilando feito ioiô e as eleições americanas no horizonte — parece mais calculada que jogada de xadrez.
"Não vamos colocar a carroça na frente dos bois", filosofou um técnico do ministério, enquanto organizava pilhas de documentos. Mas entre nós: quando foi a última vez que alguém seguiu esse conselho na capital federal?
O certo é que, com ou sem pressa, os holofotes estão acesos. E dessa vez, parece que o Brasil não quer chegar atrasado para a festa.