
O recente cessar-fogo no conflito entre Israel e Hamas pode ter um impacto significativo na economia global, incluindo o Brasil. A última ata do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, divulgada antes da trégua, já parece anacrônica diante das novas perspectivas.
O Copom havia sinalizado cautela em relação aos juros, citando incertezas geopolíticas como um dos fatores de risco para a inflação. No entanto, com a redução das tensões no Oriente Médio, o cenário pode mudar rapidamente.
Impactos na economia brasileira
A trégua no conflito pode levar a uma queda nos preços do petróleo, o que ajudaria a aliviar as pressões inflacionárias no Brasil. Além disso, a maior estabilidade geopolítica tende a favorecer os mercados emergentes, incluindo o real.
Especialistas alertam, porém, que a situação ainda é volátil e que o Copom pode precisar revisar suas projeções na próxima reunião. "A ata do Copom já nasceu desatualizada", afirma um economista.
O que esperar do próximo Copom?
Com o novo cenário, aumenta a expectativa de que o comitê possa acelerar o ritmo de cortes na taxa Selic. Os investidores já começam a ajustar suas carteiras em antecipação a possíveis mudanças na política monetária.
O Banco Central, por sua vez, mantém o tradicional silêncio pós-reunião, mas tudo indica que os próximos dias serão cruciais para definir os rumos da economia brasileira.