Megaárea industrial em Mairiporã vai a leilão por R$ 295 milhões — oportunidade rara para investidores
Megaárea industrial em Mairiporã: leilão a R$295 milhões

Parece que os grandes players do mercado imobiliário industrial terão que afiar os dentes — e os lápis de orçamento. Um verdadeiro colosso de 1,3 milhão de metros quadrados em Mairiporã, na Grande São Paulo, está com os dias contados como propriedade da Eucatex. E olha que não é qualquer negócio: estamos falando de R$ 295 milhões no pregão.

Quem acompanha o setor sabe — terrenos desse tamanho não aparecem todo dia. "É como encontrar um unicórnio no meio da Marginal Tietê", brincou um corretor que prefere não se identificar. A área, que já foi o coração da produção de painéis de madeira, está sendo vendida para quitar dívidas trabalhistas. Ironia do destino, não?

Detalhes que fazem a diferença

O leilão, marcado para 30 de agosto, tem um detalhe curioso: o valor mínimo é exatamente o que a Eucatex deve em precatórios. Coincidência? O juiz Fernando Antonio Torres Garcia, da 1ª Vara do Trabalho de Atibaia, parece ter feito as contas com lupa.

  • Tamanho: 1.355.746 m² — equivalente a 130 campos de futebol
  • Localização: Rodovia Fernão Dias, km 62 — o endereço dos sonhos para logística
  • Infraestrutura: 48.000 m² de galpões prontos para uso

E tem mais: o terreno tem três frentes de acesso e até uma estação de tratamento de água própria. Quer conveniência maior que isso?

O que esperar do leilão?

Especialistas do mercado estão divididos. Enquanto alguns veem o preço como salgado — "dá para comprar umas três fazendas com isso", comentou um investidor — outros apontam para a localização estratégica. "Quem precisa de espaço para expansão industrial dificilmente encontrará algo melhor", defendeu Maria Lúcia Campos, consultora com 20 anos de experiência.

O edital é claro: aceitam-se propostas até 25 de agosto. E atenção, curiosos — é preciso depositar R$ 29,5 milhões só para participar. Brincadeira de gente grande, literalmente.

Resta saber se algum grupo terá coragem (e caixa) para abocanhar esse gigante adormecido às margens da Fernão Dias. Uma coisa é certa: quando o martelo bater, o mercado imobiliário industrial paulista ganhará um novo capítulo.