
Não é segredo pra ninguém que a Selic tá dando nó no bolso do brasileiro. Mas em São Paulo, a coisa tá feia mesmo — o mercado imobiliário, que já vinha cambaleando, agora parece um boxeador no 12º round.
O golpe mais duro? Os financiamentos
Quando o Copom decidiu subir os juros pra conter a inflação, ninguém imaginou que o efeito colateral ia ser tão pesado. "Tá impossível fechar negócio", diz Marcos, corretor de imóveis na Zona Leste. "O cliente chega animado, acha o apartamento dos sonhos, mas quando vê a prestação..." — e faz aquela careta que a gente já conhece.
Os números não mentem:
- Queda de 35% nas vendas no primeiro semestre
- Tempo médio de venda aumentou 60 dias
- Preços começando a ceder em bairros periféricos
E os efeitos em cascata
O problema é que isso não afeta só quem quer comprar. Construtoras estão segurando lançamentos (quem vai comprar, né?), lojas de material de construção sentem o baque, e até o cara do food truck que atendia os operários da obra tá vendendo menos.
"É um círculo vicioso", analisa a economista Carla Mendonça. "Quando o mercado imobiliário espirra, metade da economia pega pneumonia — especialmente em São Paulo, onde o setor tem peso gigante."
Há luz no fim do túnel?
Alguns especialistas arriscam prever que o pior já passou. Outros? Bem, esses recomendam se preparar pra mais tempestade. Enquanto isso, o paulistano médio segue naquele dilema: esperar os juros caírem (e arriscar os preços subirem) ou entrar agora e torcer pra não se afogar nas prestações.
Uma coisa é certa: nesse jogo de xadrez econômico, quem tá pagando o pato é sempre o mesmo — o consumidor final, claro. Resta saber até quando o mercado aguenta esse aperto antes de começar a gritar por socorro.