
Não é segredo pra ninguém que o primeiro emprego pode ser um desafio e tanto. Mas e se a solução estivesse bem ali, no aparelho que a gente usa pra reclamar do atendimento? Pois é, o telemarketing virou a bola da vez pra galera que tá começando agora.
Dados recentes mostram que o setor absorve mais de 40% dos jovens entre 18 e 24 anos — e olha que não é só por falta de opção. Salários que beiram R$ 2 mil, benefícios como vale-transporte e até plano de saúde estão na jogada. Não é pouca coisa, principalmente quando a gente lembra que muitos nem terminou o ensino médio direito.
Por que telemarketing virou a 'menina dos olhos'?
Parece contraditório, mas aquele serviço que todo mundo ama odiar tem um lado bom:
- Exige pouca experiência prévia (alô, recém-formados!)
- Oferece horários flexíveis — perfeito pra quem estuda
- Desenvolve habilidades que valem ouro no mercado: comunicação, resiliência, trabalho sob pressão
"É tipo um curso técnico gratuito, só que te pagam pra fazer", brinca Marcelo, 19 anos, que começou há três meses. Ele conta que já aprendeu mais sobre negociação do que em dois anos de escola.
O outro lado da moeda
Claro que nem tudo são flores. A rotina puxada, as metas apertadas e — vamos combinar? — a paciência dos clientes não são exatamente um mar de rosas. Mas pra quem precisa colocar o pé na porta do mercado, vale o sacrifício.
"No começo foi osso, mas em seis meses já tive promoção", relata Ana Clara, 21, que saiu do telemarketing pra uma vaga administrativa na mesma empresa. Prova viva de que o setor pode ser trampolim, não destino final.
E tem mais: com a digitalização, surgiram vagas híbridas que misturam atendimento por chat, e-mail e redes sociais. Quem diria que responder "Boa tarde, em que posso ajudar?" 200 vezes por dia viraria profissão do futuro?