Uma situação de violência e conflito fundiário está alarmando a comunidade quilombola de Oriximiná, no oeste do Pará. Uma moradora tradicional denunciou ter sido vítima de invasão em área de lago e agressão física, em um caso que expõe as tensões crescentes sobre territórios tradicionais na região.
Relato da vítima: "Eles chegaram armados e agressivos"
De acordo com o depoimento da quilombola, o episódio violento ocorreu quando invasores chegaram armados ao lago utilizado historicamente pela comunidade para subsistência. "Eles chegaram de forma agressiva, nos ameaçando e tentando nos expulsar do local", relatou a moradora, que preferiu não se identificar por medo de represálias.
A situação escalou para a violência física quando a mulher tentou defender seu direito de permanecer no território tradicional de sua comunidade. Os agressores partiram para as vias de fato, deixando a vítima com marcas visíveis da agressão.
Território tradicional sob ameaça
O conflito ocorre em uma área de lago que integra o território quilombola, espaço vital para a sobrevivência cultural e econômica da comunidade. Esses corpos d'água são fundamentais para:
- Pesca de subsistência
- Atividades tradicionais
- Segurança alimentar das famílias
- Práticas culturais ancestrais
A invasão representa mais um capítulo na disputa por recursos naturais na Amazônia paraense, onde comunidades tradicionais frequentemente enfrentam pressões de grileiros e interesses econômicos.
Busca por justiça e proteção
Diante da gravidade dos fatos, a moradora afetada já formalizou sua denúncia junto às autoridades competentes. "Esperamos que as medidas cabíveis sejam tomadas para garantir nossa segurança e o direito ao nosso território", declarou representante da comunidade.
O caso reacende o alerta sobre a vulnerabilidade das populações tradicionais na região norte do Brasil e a urgência de políticas efetivas de proteção territorial. Organizações que defendem direitos humanos acompanham o desdobramento das investigações.
Enquanto isso, a comunidade quilombola de Oriximiná permanece em estado de apreensão, esperando por respostas concretas que garantam sua segurança e o usufruto pacífico de seu território ancestral.