Juíza do Amazonas propõe criação de ouvidorias exclusivas para povos tradicionais e quilombolas
Ouvidorias para povos tradicionais no AM

Em uma medida inédita que promete revolucionar o acesso à Justiça no Amazonas, uma juíza propôs a criação de ouvidorias especializadas para atender exclusivamente povos tradicionais e comunidades quilombolas. A iniciativa surge como resposta às históricas dificuldades enfrentadas por essas populações em acessar os serviços judiciários.

Proposta visa romper barreiras históricas

A magistrada destacou que muitas comunidades localizadas em áreas remotas do Amazonas enfrentam obstáculos geográficos, culturais e linguísticos que impedem o pleno exercício de seus direitos. As ouvidorias especializadas funcionariam como pontes entre o sistema judiciário e essas populações, oferecendo canais adaptados às suas realidades específicas.

Como funcionariam as novas ouvidorias

  • Atendimento por profissionais treinados em questões culturais específicas
  • Canais de comunicação adaptados às realidades locais
  • Mediadores com conhecimento das tradições e costumes
  • Protocolos especiais para recebimento de denúncias
  • Mecanismos de acompanhamento personalizados

Proteção contra violações de direitos

A proposta ganha especial relevância diante do crescente número de denúncias envolvendo violações de direitos territoriais, ambientais e culturais contra povos tradicionais. As ouvidorias serviriam como instrumento crucial para coibir abusos e garantir o cumprimento da legislação protetiva.

O projeto já está sendo analisado pelo Tribunal de Justiça do Amazonas e conta com o apoio de organizações da sociedade civil que atuam na defesa dos direitos dessas populações. A expectativa é que a implementação ocorra ainda no primeiro semestre de 2026, começando pelas regiões com maior concentração de comunidades tradicionais.