
Era uma bolsa para quem realmente precisava. Mas o que se viu foi um daqueles casos que deixam qualquer um com os cabelos em pé — e não no bom sentido. Uma estudante de medicina, beneficiária de auxílio por declarar baixa renda, decidiu transformar suas redes sociais num álbum de viagens que faria inveja a muitos herdeiros.
De Fernando de Noronha à Itália, passando por resorts caríssimos, a moça — cujo nome a gente omite por questões legais — parecia mais influencer do que futura médica. E olha que a conta não fechava: como alguém que alega não ter condições de pagar a faculdade consegue bancar roteiros que custam mais que o salário mínimo?
O estrago nas redes sociais
Não deu outra. As postagens caíram como uma bomba. "É cada uma que me aparece", comentou uma seguidora indignada. Outros foram menos delicados: "Isso é o retrato do Brasil — quem precisa fica sem, e quem pode dá um jeitinho".
Detalhe cruel: enquanto postava fotos degustando massas na Toscana, a universidade confirmou que ela realmente recebia bolsa integral baseada em declaração de vulnerabilidade econômica. Só faltou avisar que a vulnerabilidade era seletiva — funcionava só na hora de pedir ajuda, mas evaporava na frente de um aeroporto.
As consequências
A reação foi imediata:
- A bolsa foi suspensa — óbvio, né?
- A universidade abriu processo para apurar possíveis irregularidades
- O caso virou debate nacional sobre fiscalização de programas sociais
E olha que o pior nem é o dinheiro. É a cara de pau. Porque convenhamos: em tempos de redes sociais, burrice maior que ostentar o que não deveria ter só existe em manual de como arruinar a própria vida.
Psicólogos ouvidos pelo caso dizem que há um fenômeno novo: a "ostentação por impulso". Gente que não resiste ao desejo de mostrar estilo de vida incompatível com sua realidade declarada. Só que, desta vez, o tiro saiu pela culatra — e como!