
Em um marco para a justiça e a memória histórica do Brasil, a Advocacia-Geral da União (AGU) firmou um acordo com a família de Vladimir Herzog, jornalista morto durante o regime militar em 1975. O documento reconhece a responsabilidade do Estado brasileiro na violação dos direitos humanos de Herzog e estabelece medidas de reparação simbólica e financeira.
Um capítulo que não pode ser esquecido
Vladimir Herzog foi preso, torturado e morto nas dependências do DOI-CODI em São Paulo, órgão de repressão da ditadura militar. Sua morte foi inicialmente apresentada como suicídio, mas a versão foi desmentida por laudos técnicos e testemunhos ao longo dos anos.
Os termos do acordo
Entre as principais medidas acordadas estão:
- Pagamento de indenização à família
- Reconhecimento público da responsabilidade do Estado
- Implementação de políticas de memória sobre o período
- Garantia de acesso a arquivos e documentos relacionados ao caso
Uma vitória para a democracia
"Este acordo representa um passo fundamental na busca por verdade e justiça", afirmou o representante da AGU durante a cerimônia de assinatura. Para a família Herzog, o momento marca o reconhecimento oficial de uma luta que dura quase cinco décadas.
O caso Vladimir Herzog se tornou símbolo da resistência contra a ditadura e da luta pelos direitos humanos no Brasil. Com este acordo, o Estado brasileiro assume publicamente seu papel na violência do período e abre caminho para novas revisões históricas.