Cineasta Brasileira Casada com Americano é Detida pela Imigração nos EUA em Caso que Chocou a Comunidade Artística
Cineasta brasileira presa pela imigração nos EUA

Imagine a cena: você está num país estrangeiro, tem sua vida construída, um marido que te ama, e de repente — algemas. Foi exatamente isso que aconteceu com Tais Amordivino, uma talentosa cineasta carioca de 38 anos que viu seu mundo virar de cabeça para baixo durante uma rotina que deveria ser simples.

Ela foi até o escritório de Cidadania e Imigração dos Estados Unidos em Manhattan achando que seria rápido. Afinal, estava apenas tentando regularizar seu visto de turista — o mesmo que já havia entrado outras vezes sem problemas. Mas a imigração americana, sabe como é, é uma caixinha de surpresas. E desta vez, a surpresa foi das piores.

O Casamento que Não Convinceu

Aqui está a parte que deixa qualquer um perplexo: Tais é casada com um americano. Sim, você leu direito. Matthew Amordivino, cineasta norte-americano, é seu marido desde 2022. Eles têm uma vida juntos, projetos, planos. Mas parece que para a imigração, isso não foi suficiente.

"Eu me desesperei quando me algemaram", confessou Tais posteriormente. Quem não se desesperaria? De repente você vira uma criminosa, sendo que só queria resolver sua documentação. O pior é que ela já tinha entrado nos EUA antes com o mesmo visto — sem qualquer incidente.

O Sistema que Pega Todos no Contrapé

O que muita gente não sabe — e devia saber — é que o sistema de imigração americano é cheio dessas armadilhas. Você acha que está fazendo tudo certo, segue as regras, e mesmo assim pode acabar numa situação dessas. Tais tinha inclusive passagem de volta marcada para o Brasil, comprovante de hospedagem, tudo que eles pedem.

Mas parece que quando o oficial de imigração viu que ela era casada com americano, acionou algum alerta. Como se o casamento fosse uma fraude, uma tentativa de burlar o sistema. A ironia é que eles são um casal de verdade, com uma vida real construída aos poucos.

As Consequências Imediatas

Depois das algemas, veio a detenção. Tais foi levada para o centro de detenção em Nova Jersey, longe do marido, longe de tudo que conhecia. Matthew, desesperado, começou uma verdadeira corrida contra o tempo para tentar libertá-la.

Ele contratou um advogado especializado, moveu céus e terra. Mas a burocracia americana não facilita — é um labirinto de regras, exceções e prazos que parecem feitos para confundir. Enquanto isso, Tais ficou presa por cinco dias. Cinco dias que devem ter parecido uma eternidade.

O Alívio Relativo da Liberdade

Finalmente, depois de muita pressão e trabalho legal, ela foi liberada. Mas a história não acaba aí — longe disso. Agora Tais enfrenta um processo de deportação, precisa usar uma tornozeleira eletrônica e tem que se apresentar regularmente à imigração.

Ou seja: saiu da prisão, mas ainda está presa de certa forma. E o mais absurdo? Ela e Matthew tinham começado justamente o processo para o green card pelo casamento. A vida prega umas peças realmente cruéis às vezes.

O Que Fica Desse Caso

Esse episódio joga uma luz bem forte sobre como o sistema de imigração americano pode ser — como dizer — imprevisível. E desumano, em muitos aspectos. Uma pessoa com todos os vínculos, casada, com vida estabelecida, sendo tratada como criminosa.

Tais, que trabalha com cinema e inclusive tem um documentário sobre refugiados, agora vive na pele o drama que antes apenas registrava com sua câmera. A vida imita a arte, mas nesse caso, você torce para que a arte seja menos dramática que a realidade.

Enquanto isso, ela e Matthew seguem lutando. Tentando provar que seu amor é real, que seu casamento é legítimo. Porque aparentemente, nos dias de hoje, até o amor precisa de documentação comprobatória.