
Parece óbvio, não é? Mas você já parou pra pensar como a falta de clareza nas regras do jogo pode afundar um negócio promissor antes mesmo de decolar? Pois é exatamente sobre isso que vamos conversar hoje.
Num mundo empresarial cada vez mais volátil — e olha que volatilidade é o que não falta por aqui —, a segurança jurídica surge como aquela âncora que impede o navio de virar ao primeiro sinal de tempestade. E no Maranhão, essa discussão ganha contornos ainda mais urgentes.
O que diabos é segurança jurídica, afinal?
Vamos simplificar: imagine abrir um restaurante sem saber se amanhã as regras sanitárias vão mudar completamente. Ou investir numa fábrica sem ter certeza sobre os impostos do próximo ano. É como dirigir numa estrada sem placas — a qualquer momento pode aparecer um buraco que você não esperava.
A verdade — e isso é inegável — é que nenhum investidor, seja ele pequeno ou grande, coloca seu dinheiro onde as regras mudam conforme o humor do dia. É simples assim.
O cenário maranhense: desafios e oportunidades
O Maranhão, com toda sua riqueza cultural e potencial econômico, ainda enfrenta aquela velha batalha contra a instabilidade normativa. Mas algo interessante está acontecendo.
Recentemente, durante o Congresso Jurídico da FIEMA, especialistas apontaram que estamos num momento crucial. O estado precisa, urgentemente, criar um ambiente onde as empresas possam respirar mais aliviadas quanto às questões legais.
Não se trata apenas de ter leis — isso todo mundo tem. O pulo do gato está na previsibilidade. Na capacidade de saber, com razoável certeza, como as normas serão aplicadas amanhã, no mês que vem, no próximo ano.
Por que isso importa tanto para o empreendedor local?
Pense bem: quando um microempresário decide contratar mais um funcionário, ele precisa ter segurança de que as regras trabalhistas de hoje valerão pelos próximos anos. Quando uma indústria planeja expandir, ela necessita saber que os licenciamentos ambientais seguirão critérios claros e consistentes.
Sem isso, o que acontece? As empresas ficam travadas. O crescimento estagna. E o pior: os investidores começam a olhar para outros estados — ou pior, outros países — onde o terreno seja mais firme.
E olha que não é exagero: a insegurança jurídica é como um imposto invisível que sufoca a inovação e prejudica principalmente os pequenos negócios, que não têm estrutura pra lidar com mudanças bruscas.
O papel das instituições nessa história
A FIEMA tem sido bastante vocal sobre isso — e com razão. Eles entendem que desenvolvimento econômico e segurança jurídica são duas faces da mesma moeda. Não dá pra separar.
Mas não basta só falar. É preciso ação concreta. Diálogo constante entre setor produtivo, poder público e judiciário. Simplificação de processos. Transparência nas decisões.
Aliás, transparência é uma daquelas palavras que todo mundo usa mas poucos realmente praticam. No contexto jurídico, significa que as regras precisam ser claras, acessíveis e — principalmente — aplicadas de forma coerente.
O que esperar do futuro?
O caminho é longo, isso ninguém nega. Mas os ventos parecem estar mudando. A crescente discussão sobre o tema, inclusive em eventos como a Expo Indústria 2025, mostra que há uma conscientização cada vez maior sobre a importância desse pilar.
O Maranhão tem tudo pra se tornar um exemplo nessa área. Rico em recursos naturais, com uma localização estratégica e — por que não dizer? — um povo trabalhador como poucos, o que falta mesmo é criar condições para que esse potencial todo possa florescer.
E aí voltamos ao começo da nossa conversa: sem regras claras e estáveis, fica difícil planejar, investir, crescer. É como tentar construir um arranha-céu em terreno pantanoso — pode até sair, mas o risco é imenso.
No final das contas, segurança jurídica não é um conceito abstrato discutido em gabinetes fechados. É algo tangível, que impacta diretamente a vida do empreendedor que acorda cedo todo dia pra fazer seu negócio dar certo. E no Maranhão de hoje, isso faz toda a diferença.