
Nada de discursos prontos ou fórmulas mágicas. O encontro promovido pela ExpoEcos em Cuiabá foi pura energia feminina transformando realidades — e olha que nem precisaram de varinha de condão.
Na última quinta (7), o Centro de Eventos do Pantanal virou palco de histórias que dariam um best-seller. Mulheres que começaram com um pé de meia e hoje comandam impérios. Outras que quebraram protocolos e reinventaram setores inteiros. Tudo isso regado a muito café — porque ninguém é de ferro.
Números que falam (e alto)
Segundo dados jogados na mesa durante o debate, as empreendedoras mato-grossenses estão dando um banho:
- 43% dos MEIs no estado são liderados por mulheres
- As empresas comandadas por elas têm taxa de sobrevivência 15% maior
- Mas... só 3% alcançam cargos de alta gestão. Aí a coisa complica.
"Isso aqui não é papo de vitimismo", disparou a mediadora Ana Lúcia Fernandes, enquanto ajustava o microfone. "É sobre reconhecer obstáculos e — atenção — passar por cima deles." A plateia respondeu com aplausos que quase abalaram o prédio.
Lições que não se aprendem na faculdade
Marina Rocha, dona de uma rede de cosméticos naturais, contou como quase faliu três vezes antes de acertar o passo:
"Empreender é tipo andar de bicicleta pela primeira vez: você cai, se rala todo, mas no fim descobre o equilíbrio. Só que a bicicleta está pegando fogo e você está pedalando ladeira acima." Risos garantidos.
Já a consultora financeira Renata Viegas foi direta ao ponto: "Mulher precisa parar de achar que não entende de números. Eu mesma era professora de história — hoje ensino contabilidade para outras mulheres. Se eu consegui, qualquer uma consegue."
O que ficou de lição?
No final do dia, quatro pilares emergiram como consenso entre as participantes:
- Rede de apoio — Sozinha você vai rápido, mas acompanhada vai mais longe
- Autoestima profissional — Pare de se desculpar por ocupar espaço
- Educação financeira — Dinheiro não é tabu, é ferramenta
- Inovação — O mercado tradicional não foi feito para nós, então vamos reinventá-lo
O evento terminou com um happy hour que — convenhamos — foi tão produtivo quanto as palestras. Networking rolando solto, cartões de visita trocados e até algumas parcerias fechadas na hora. Quem disse que mulher não sabe fazer negócio?