
Para muitos brasileiros, a moto não é apenas um meio de transporte, mas uma ferramenta essencial de trabalho. Diante da falta de oportunidades, muitas pessoas recorrem às motos como fonte de renda, enfrentando jornadas exaustivas para garantir o sustento.
"Para eu fazer R$ 100, tenho que rodar 10 horas", relata um motoboy que preferiu não se identificar. A fala resume a realidade de quem depende desse tipo de serviço para sobreviver. Com a concorrência acirrada e os baixos valores pagos por corrida, a rotina se torna cada vez mais desgastante.
Os desafios do trabalho sobre duas rodas
Além das longas horas no trânsito, os motoboys enfrentam outros obstáculos, como:
- Riscos de acidentes
- Falta de benefícios trabalhistas
- Desgaste físico e mental
- Dependência do preço dos combustíveis
Muitos ainda precisam lidar com a insegurança, principalmente em áreas mais violentas, onde assaltos são frequentes.
A economia por trás das motos
O fenômeno reflete a precarização do trabalho no Brasil. Sem carteira assinada ou garantias, esses profissionais dependem diretamente da demanda por entregas e serviços rápidos. A popularização de aplicativos de entrega trouxe mais opções, mas também aumentou a concorrência e, em muitos casos, reduziu os ganhos.
"Antes dava para tirar um pouco mais, mas agora tem muita gente fazendo a mesma coisa", comenta outro motoboy, que trabalha há mais de cinco anos na profissão.
O futuro da profissão
Especialistas alertam para a necessidade de regulamentação e melhores condições para quem depende das motos como fonte de renda. Enquanto isso, muitos continuam pedalando contra o vento, literalmente, para garantir o pão de cada dia.