Enquanto o mundo segura a respiração com os ventos de instabilidade na economia global, o Brasil não cruza os braços. O governo federal — sim, aquele mesmo que anda de mãos dadas com a burocracia — já está rascunhando um plano de contingência, caso as conversas com os Estados Unidos emperrem de vez. Mas calma, não é como se estivéssemos no meio de um filme de espionagem internacional.
Geraldo Alckmin, o vice-presidente que tem o dom de falar muito sem dizer nada, soltou a bomba (ou melhor, um confete molhado): "Estamos trabalhando em alternativas, mas o diálogo com os americanos segue firme". Traduzindo: temos um pé atrás e outro no freio de mão.
O que está em jogo?
Numa mistura de esperteza e desespero, o Palácio do Planalto:
- Monta um "kit sobrevivência" econômico (com direito a planilhas no Excel e café estragado)
- Mantém ligações diretas com Washington — dessas que começam com "tudo bem?" e terminam em "mas e os impostos?"
- Prepara-se para o pior, mas torce pelo menos pior
E aqui vai um detalhe que faz diferença: diferentemente daquele seu primo que promete e some, o governo insiste que não vai queimar pontes. Pelo menos não enquanto houver Wi-Fi para chamadas internacionais.
Entre linhas
O que Alckmin não disse — mas todo mundo entendeu — é que o Brasil está numa sinuca diplomática. De um lado, a necessidade de manter os EUA como parceiro comercial. Do outro, a pressão interna para não entregar o ouro (ou soja, no caso) a preço de banana.
E você, acha que o governo está sendo:
a) Precavido como um motorista de primeira viagem
b) Indeciso como quem escolhe filme na Netflix
c) Realista como quem sabe que crise não se resolve com posts no Twitter
Enquanto isso, nos bastidores, os técnicos do Ministério da Economia devem estar tendo mais insônia que estudante na véspera de prova. O plano B — que ninguém quer usar, mas todo mundo quer ter — está sendo costurado ponto a ponto. Sabe quando você guarda aquele dinheiro de emergência embaixo do colchão? É mais ou menos isso, só que com mais zeros e menos poeira.
