
O diretor de Política Monetária do Banco Central, Gabriel Galipolo, foi enfático ao afirmar que a instituição não buscará um "meio-termo" quando o assunto é a taxa básica de juros da economia brasileira, a Selic. Em declarações nesta terça-feira (9), Galipolo reafirmou o compromisso do BC com o controle da inflação, descartando qualquer flexibilização prematura da política monetária.
Firmeza no combate à inflação
"O Banco Central não vai procurar um meio do caminho para os juros, não vai flexibilizar", declarou Galipolo durante evento econômico. A afirmação ocorre em um momento de expectativa do mercado sobre possíveis cortes mais acelerados na taxa Selic, atualmente em 10,5% ao ano.
O diretor do BC destacou que a autoridade monetária mantém seu foco principal no cumprimento da meta de inflação, estabelecida em 3% para 2024, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.
Impactos na economia
A postura firme do Banco Central significa que:
- Os juros devem se manter em patamar elevado por mais tempo
- O crédito ao consumidor e às empresas continuará caro
- A atividade econômica pode sentir os efeitos da política monetária restritiva
Galipolo ressaltou que qualquer decisão sobre mudanças na taxa Selic será tomada com base em dados concretos e no cenário macroeconômico, sempre visando a estabilidade de preços no médio e longo prazo.
Próximos passos
O Comitê de Política Monetária (Copom) se reúne novamente no início de agosto para decidir sobre os rumos da taxa Selic. Analistas esperam que, mantida a atual trajetória, o BC possa iniciar um ciclo de cortes mais consistentes apenas no final do ano.
Enquanto isso, o mercado financeiro segue atento aos indicadores econômicos e às declarações dos membros do Banco Central, que têm deixado claro que a prioridade número um continua sendo o controle inflacionário.