
Parece que todo mundo resolveu fechar negócio de uma vez só, não é mesmo? O primeiro semestre de 2024 simplesmente explodiu no cenário de fusões e aquisições, com um volume estratosférico que beira os R$ 146 bilhões. A gente tá falando de um crescimento de mais de 160% se comparado ao mesmo período do ano passado – um verdadeiro furacão de transações.
Quem traz esses números, que são de cair o queixo, é a consultoria KPMG. Eles mergulharam fundo nos dados e viram que não foi só um ou outro setor puxando a carroça. A energia, com aquela sede insaciável por renováveis, liderou a corrida com transações que somaram impressionantes R$ 51,4 bilhões. Mas olha só, o saneamento básico não ficou pra trás, contribuindo com uma fatia robusta de R$ 33,5 bilhões. Quem diria, hein?
O Que Está Por Trás Dessa Febre de Negócios?
Não foi um milagre, claro. Um caldo de fatores criou o ambiente perfeito para essa tempestade perfeita de M&A. A queda nos juros, que todo mundo sentiu no bolso, foi um ingrediente principal. Dinheiro mais barato sempre incentiva a galera a correr mais riscos e pensar grande. Fora isso, uma certa calmaria nos ventos políticos – pelo menos no que diz respeito às regras do jogo econômico – deu a confiança que investidores precisavam para apostar suas fichas no Brasil.
E não para por aí. A indústria de papel e celulose deu as caras com força, fechando acordos que chegaram a R$ 15,8 bilhões. E o varejo? Ah, o varejo sempre se mexe, aparecendo com R$ 8,7 bilhões em movimentações. Até o setor de saúde, que vive uma pressão danada, entrou na dança com R$ 6,8 bilhões.
E Os Estrangeiros? Eles Estão de Olho
Aqui é um ponto que não pode passar batido: o capital internacional está com um apetite voraz por oportunidades por aqui. Das 613 transações mapeadas, um terço veio de fora! Isso representa nada menos que 65% do valor total investido. É gringo botando dinheiro, mostrando que o Brasil, com todos os seus perrengues, ainda é um campo fértil para negócios lucrativos.
E pensar que no segundo semestre de 2023, o valor total foi de R$ 78,8 bilhões. O crescimento é, no mínimo, impressionante. A pergunta que fica é: será que o ritmo é sustentável? Só o tempo – e os próximos boletins da KPMG – vão dizer.
Uma coisa é certa: o mercado está aquecido, os players estão confiantes e o dinheiro, pelo menos por enquanto, está circulando. Resta saber quem será a próxima grande empresa a ser comprada, vendida ou fundida nesse tabuleiro em constante movimento.