
Eis que o mercado financeiro brasileiro ganha mais um capítulo interessante para analisar. A Cosan, esse gigante que todos conhecem dos postos de combustível mas que vai muito além disso, acaba de fechar um acordo que está dando o que falar.
Na sexta-feira, 20 de setembro, fechou-se o negócio: a companhia conseguiu captar nada menos que R$ 2,5 bilhões. A finalidade? Recompra das próprias ações. Sim, você leu direito – elas vão comprar de volta até 72 milhões de papéis.
E não foi qualquer operação. Foram 50 milhões de unidades de ações ON, cada uma representando uma ação ordinária da empresa, com preço de R$ 50 por unidade. Um movimento ousado, diga-se de passagem.
O que significa isso na prática? Basicamente, a Cosan está usando seu poderio financeiro para reaver parte do seu capital aberto. E os investidores que participaram dessa captação? Ganharam um deságio de 3,5% sobre o preço de fechamento do dia anterior. Um belo negócio para eles.
Detalhes que fazem a diferença
O acordo tem cláusulas específicas – porque no mundo das finanças, os detalhes é que separam o comum do extraordinário. A Cosan já deixou claro que pode recomprar até aquelas 72 milhões de ações, mas com um período de carência de 90 dias. Ou seja: não espere movimento brusco amanhã cedo.
E tem mais. A empresa reservou-se o direito de aumentar a oferta em até 20% – o que poderia levar a captação total para impressionantes R$ 3 bilhões. Um verdadeiro show de força financeira.
Por trás dos números
Mas o que realmente está por trás dessa jogada? Especialistas do mercado sussurram que a recompra de ações muitas vezes sinaliza que a administração acredita que as ações estão subvalorizadas. É como se a empresa dissesse: "se o mercado não valoriza nosso potencial, nós mesmos vamos recomprar essa confiança".
O prazo de liquidação da operação está marcado para 25 de setembro. Fiquem de olho – porque movimentos como esse costumam criar reverberações interessantes no valuation da companhia nos dias seguintes.
Resta saber como o mercado vai absorver essa notícia na próxima semana. Uma coisa é certa: a Cosan não costuma fazer movimentos por fazer. Há sempre uma estratégia por trás – e dessa vez não parece ser diferente.