
Parece que o jogo das tarifas ainda não terminou — e a bola continua rolando. Numa declaração que mistura otimismo cauteloso com realismo político, o vice-presidente Geraldo Alckmin deixou claro: "A negociação está mais forte agora, mas o assunto não está encerrado". Frase que, diga-se de passagem, poderia muito bem ser o lema da política econômica atual.
O que está em jogo? Bom, se você pensa que é só mais uma discussão técnica sobre porcentagens, está redondamente enganado. Esse debate mexe no bolso de todo mundo — do dono do boteco da esquina ao grande industrial. E olha que a coisa tá quente!
O xadrez tarifário
Alckmin, com aquela cara de quem já viu de tudo nessa vida política, parece estar jogando uma partida de xadrez. Cada movimento calculado, mas sem fechar as portas para surpresas. "Estamos avançando", diz ele, mas logo emenda: "Tem detalhes que precisam ser costurados". Traduzindo? Ainda tem chão pela frente.
Curioso notar como esses "detalhes" — sempre eles! — são justamente os pontos que fazem a diferença entre um acordo que funciona e outro que vira letra morta. E no meio disso tudo, o setor produtivo fica naquela: esperando, torcendo, e claro, pressionando.
Entre a cruz e a espada
Numa tacada só, o governo precisa:
- Equilibrar as contas públicas (alguém disse teto de gastos?)
- Não estrangular a recuperação econômica
- E ainda manter uma boa relação com o Congresso — que convenhamos, tá longe de ser moleza
Não é à toa que Alckmin fala com tanto cuidado. Cada palavra pesa, cada vírgula é estratégica. Até porque, vamos combinar, em matéria de tarifas, o diabo mora mesmo nos detalhes.
Enquanto isso, os mercados ficam de orelha em pé, tentando decifrar cada nuance dessas declarações. Porque no fim das contas, seja qual for o desfecho, alguém vai sair ganhando mais — e outro, é claro, vai reclamar que ficou com a parte menor do bolo.