Cedro, no Ceará, revive tradição secular: Engenho de cana retoma atividades após 13 anos parado
Engenho de cana retoma atividades no Ceará após 13 anos

Quem diria, hein? Treze anos é tempo pra caramba — quase uma vida inteira pra muita gente. Mas algumas coisas boas simplesmente se recusam a morrer. E no Cedro, lá no coração do Cariri cearense, a resistência tem gosto doce, de rapadura fresquinha e melado escorrendo na colher.

Pois é, meus amigos: o Engenho Forquilha, que já foi cenário de tanto trabalho duro e alegria nas décadas passadas, está de volta à ativa. E olha, não foi pouco esforço não. A retomada veio através de uma parceria pública-privada, com a Prefeitura Municipal e a iniciativa privada botando a mão na massa — ou melhor, na cana.

Não é só máquina que funciona: é história que se move

O barulho característico das moendas voltou a ecoar na região. E não é só barulho — é sinal de vida, de emprego, de renda voltando pra comunidade. A estrutura, que inclui desde o alambique até os tachões de copper onde o caldo vira ouro doce, foi toda recuperada. E o melhor: usando a mesma matéria-prima de sempre, plantada ali pertinho, no quintal de produtores locais.

“A gente via aquilo parado, mofando, e doía no coração”, conta seu Raimundo, agricultor da região que fornece cana pro engenho. “Agora tá diferente. Tá cheirando a progresso, mas progresso de verdade, daquele que não esquece de onde veio.”

Além do açúcar: o que mais fervilha no caldo?

O projeto, claro, não quer só fazer rapadura. A ideia é turbinar o turismo rural na região. Imagina só: visitas guiadas, degustação dos produtos no local, feirinha de artesanato… Tudo pra fazer do Engenho Forquilha um ponto de parada obrigatória pra quem passa pelo Ceará.

E tem mais: tão importante quanto moer cana é moer preconceito e desigualdade. A retomada priorizou a mão de obra local — e isso, meus amigos, faz toda a diferença numa cidade do interior.

E o futuro? Açucarado, com certeza

Os planos são ambiciosos, mas pés-no-chão — como tudo que é bom no Nordeste. A expectativa é escoar a produção não só aqui pela redondeza, mas pra feiras de outros estados e, quem sabe, até exportar um pouquinho dessa doçura pra gringo ver.

É um daqueles casos em que o novo e o antigo se encontram no mesmo ponto: o respeito pela tradição e a vontade de ir pra frente. O Engenho Forquilha pode até ter parado por mais de uma década, mas a esperança — assim como o cheiro do melado quente — nunca saiu de cena.

E aí, vai ficar aí parado? Corre pra conhecer — e experimentar — um pedaço da história viva do Ceará.