Parece que o mercado financeiro respira aliviado — ou pelo menos mantém a serenidade. Logo após a decisão do Copom de deixar a Selic estacionada nos mesmos 15%, o primeiro Boletim Focus da semana trouxe uma constatação interessante: as projeções para a inflação simplesmente não se mexeram. Nada. Zero.
E olha que não foi por falta de atenção. O relatório, que reúne a opinião de mais de cem instituições financeiras, manteve inalterada a expectativa para o IPCA de 2023 em 4,62%. Para o ano que vem, a previsão também segue firme no mesmo patamar de 3,91%. Parece que os especialistas enxergam o cenário com uma certa tranquilidade — quem diria, não é mesmo?
E os juros? Quando começam a cair?
Aqui a coisa fica um pouco mais... digamos, esperançosa. O mercado, sempre otimista (ou será realista?), continua apostando que o ciclo de cortes na taxa básica de juros deve ter início em agosto. A projeção para a Selic no final deste ano segue em 12,75%. Já para 2024, a estimativa é que os juros fechem o período em 10% — um alívio e tanto para o bolso de todos.
É como se o mercado dissesse: "Calma, gente. A inflação está no caminho certo, e os juros vão cair, mas sem pressa". Uma postura bem diferente da ansiedade que costuma dominar o noticiário econômico.
E o crescimento da economia?
Ah, essa é outra surpresa positiva! A expectativa para o crescimento do PIB em 2023 subiu ligeiramente, de 2,27% para 2,29%. Um sinal de que, mesmo com juros altos, a economia brasileira mostra resiliência. Para 2024, a projeção se manteve estável em 1,50%.
O que isso tudo significa? Bem, dá para interpretar como um voto de confiança nas políticas econômicas atuais. O mercado — essa entidade tantas vezes nervosa — parece estar dizendo que o Banco Central acertou na dose ao manter os juros estáveis. A inflação está sob controle, e não há motivo para pânico.
Claro, sempre tem aquela pulga atrás da orelha. A situação internacional segue incerta, os preços das commodities podem variar... mas por enquanto, o clima é de cautela otimista. O Focus desta semana mostra que, pelo menos por aqui, a calmaria prevalece.
