
E aí que a coisa ficou séria de vez no front econômico internacional. Donald Trump, aquele mesmo, soltou o verbo e confirmou o que muitos temiam: uma nova leva de tarifas de importação contra a China está com data marcada para entrar em vigor. E olha, não é pouco não.
A partir do próximo dia 15 de outubro, os Estados Unidos vão começar a cobrar tarifas que variam de maneira brutal – estamos falando de algo entre 10% e nada menos que 60% – sobre uma penca de produtos chineses. A medida, anunciada pelo ex-presidente e candidato na campanha eleitoral americana, já está gerando um frisson danado nos mercados e, cá entre nós, uma baita apreensão por aqui, no Brasil.
O Que Está Por Vir: Os Números da Discórdia
Pois é, a lista de produtos que vão ficar mais caros para os americanos é longa. E o detalhe que salta aos olhos é o seguinte: os 60% de tarifa, a alíquota máxima, vão cair em cima de itens que os EUA consideram "estratégicos" ou que têm uma dependência muito grande da China. A ideia de Trump, claro, é forçar uma reindustrialização dentro dos Estados Unidos, mas o troco pode vir em forma de retaliação.
Não é de hoje que ele fala nisso, mas agora saiu do campo da ameaça e virou realidade concreta. E o timing? Impecável, no meio de uma campanha eleitoral acirrada. Coincidência? Difícil acreditar.
E o Brasil com Isso? O Calor Aumenta para o Agronegócio
Agora, você pode estar se perguntando: o que o Brasil tem a ver com essa briga de gigantes? Tem tudo a ver, meu caro! Especialistas em comércio exterior já estão de olho grande no desdobramento mais perigoso para nós: uma possível sobrecarga nas exportações brasileiras.
Imagina só. Se a China se vê com dificuldades para vender para os EUA, é bem provável que ela busque colocar mais produtos em outros mercados. E adivinha quem é um concorrente direto do Brasil em commodities como soja e milho? Exatamente. Uma enxurrada de produtos chineses com preços mais baixos, por causa dessa disputa, poderia tomar o espaço dos nossos produtos lá fora. É um cenário que tira o sono de qualquer produtor rural.
- Soja na Mira: O grão que é ouro para o Brasil pode ver seu preço internacional despencar.
- Custo Interno: Produtos industrializados que usam componentes chineses podem ficar mais caros por aqui também.
- Incerteza: Os mercados financeiros detestam surpresas, e essa é das grandes.
Não à toa, analistas ouvidos pelo G1 mostraram uma preocupação que vai além do momento eleitoral americano. Eles veem isso como o start de mais um capítulo longo e desgastante na guerra comercial entre as duas maiores economias do planeta. E quando esses dois brigam, o mundo inteiro treme – e o Brasil, infelizmente, não fica de fora.
Resta agora acompanhar os desdobramentos e torcer para que os ventos internacionais não mudem de direção contra as nossas exportações. Porque, convenhamos, a nossa economia já tem desafios suficientes para lidar, não é mesmo?