
Não é de hoje que Donald Trump faz barulho quando o assunto é China. Dessa vez, o ex-presidente dos EUA soltou o verbo e prometeu uma medida que deixou muita gente de cabelo em pé: taxar em 100% os chips chineses.
"Se voltar à Casa Branca, vou cobrar imposto pesado nessa galera", disparou Trump em um comício cheio de fogos de artifício retóricos. A plateia, é claro, aplaudiu de pé. Mas e o resto do mundo? Será que essa é só mais uma bravata do polêmico magnata ou o mercado de tecnologia está prestes a levar um choque?
O jogo das cadeias globais
Pensa bem: os chips são como o arroz com feijão da indústria tecnológica. De celulares a carros elétricos, tudo depende desses pequenos componentes. A China domina boa parte dessa produção — e os EUA não engolem essa liderança faz tempo.
"É uma jogada arriscada", analisa um economista que prefere não se identificar. "Quando Trump cutuca o dragão chinês com vara curta, as consequências vão muito além das fronteiras americanas."
E o Brasil nessa história?
Nosso país, que já sofre com a escassez de chips desde a pandemia, pode sentir ainda mais o baque. Eis o que pode acontecer:
- Aumento de preços: Se os EUA taxam, a China pode repassar o custo — e quem paga a conta somos nós
- Atrasos na indústria: Fabricantes de eletrônicos e automóveis já estão com os cabelos brancos de preocupação
- Guerra comercial 2.0: Pequenas retaliações chinesas podem afetar exportações brasileiras de commodities
Não é exagero dizer que estamos diante de uma tempestade perfeita no comércio global. E o timing? Péssimo. Com a economia ainda se recuperando, qualquer solavanco no mercado internacional pode derrubar o nosso frágil crescimento.
"Trump sempre foi imprevisível", comenta uma fonte do mercado financeiro, enquanto ajusta os óculos com ar de preocupação. "O problema é que, dessa vez, o estrago pode ser maior do que o esperado."