
O cenário econômico argentino, que anda mais cinza que dia de temporal em Buenos Aires, pode estar prestes a receber uma injeção de ânimo – e quem diz isso é ninguém menos que um peso-pesado da era Trump. Steven Mnuchin, aquele que comandou o Tesouro americano com mão de ferro, simplesmente jogou uma bomba: está disposto a mover montanhas para ajudar Javier Milei.
Numa daquelas declarações que ecoam pelos corredores do poder, Mnuchin foi direto ao ponto. “Vamos fazer o possível”, afirmou, com a convicção de quem já lidou com crises globais. Mas calma, não é só blá-blá-blá diplomático. O ex-secretário deixou claro que já está de olho em possíveis investimentos privados na terra do tango, o que, convenhamos, é mais concreto que promessa de político em ano eleitoral.
Uma aposta de alto risco… ou visão estratégica?
O que Mnuchin está propondo não é pouco. Ele basicamente está sinalizando que, se a situação apertar, pode usar sua influência – que não é pouca – para tentar convencer o setor privado americano a apostar na Argentina. Imagina só: grandes capitais fluindo para tentar estancar a hemorragia econômica que assola o país.
É uma jogada ousada, sem dúvida. Afinal, a Argentina vive uma daquelas crises que parecem saída de livro de história econômica – inflação nas alturas, reservas minguadas, e uma população cansada de ver o poder de compra evaporar. Mas Mnuchin, parecendo um jogador de pôquer que vai all-in, acredita que vale a pena. “Acho que há uma oportunidade enorme na Argentina”, disparou, mostrando um otimismo que contrasta fortemente com a realidade local.
E os ventos políticos? Sopram a favor?
Aqui é onde a coisa fica realmente interessante. Mnuchin não é mais parte do governo oficial dos EUA, certo? Mas todo mundo sabe que as portas da Casa Branca não estão totalmente fechadas para ele – especialmente com a possibilidade de um retorno de Trump nas próximas eleições. Será que essa movimentação é um teste, uma sonda lançada para ver como as águas correm?
O timing, convenhamos, é no mínimo curioso. Com Milei tentando implementar reformas tão radicais quanto polêmicas, ter o aval de uma figura como Mnuchin é como receber um carimbo de aprovação de Wall Street. Pode abrir portas que estavam emperradas há tempos.
Claro, há os céticos. Muita gente torce o nariz e pergunta: mas que interesse real os EUA teriam nisso? Será apenas boa vontade? A história sugere que relações internacionais raramente são movidas puramente por altruísmo. Mas, no meio da tempestade, qualquer porto seguro é bem-vindo – e a Argentina precisa desesperadamente de ancoradouros.
O fato é que as declarações de Mnuchin jogaram um holofote internacional sobre a crise argentina. Agora, o mundo financeiro está de olho. Resta saber se as palavras se transformarão em ações concretas, ou se ficarão apenas no campo das intenções. Uma coisa é certa: Milei ganhou um aliado de peso, e na política internacional, ter amigos influentes nunca é demais.