
Pois é, não foram nada boas as notícias que chegaram do front econômico mexicano. O Instituto Nacional de Estatística e Geografia (INEGI) soltou os dados do segundo trimestre e… putz, o crescimento foi de apenas 0,1% em relação aos três meses anteriores. Uma cifra que, vamos combinar, é mais para um susto do que para uma comemoração.
E olha que o negócio pega ainda mais quando a gente coloca na ponta do lápis o que os especialistas estavam esperando. O mercado financeiro, sempre otimista (ou será que não?), projetava um avanço confortável de 0,3%. A realidade, teimosa como sempre, veio e deu uma rasteira. Ficou bem aquém.
O que explica essa freada?
Bom, aí a coisa fica interessante. O setor secundário – aquele das fábricas, da construção, de tudo que é industrial – simplesmente deu uma encolhida. Contraiu 0,4%. Já o terciário, dos serviços, segurou um pouquinho as pontas com um modesto crescimento de 0,2%. E as atividades primárias? Essas surpreenderam positivamente, com um salto de 0,8%. Mas, convenhamos, não foi suficiente para puxar a carroça sozinho.
É aquela velha história: quando uma parte importante do motor falha, o carro não anda como deveria. E parece que foi exatamente isso que aconteceu por lá.
E em relação ao ano passado?
A comparação anual, feita sempre para tirar o efeito de sazonalidades, também não animou muito. O PIB mexicano cresceu 2,6% no segundo trimestre de 2025 ante o mesmo período de 2024. Pode até parecer um número razoável, mas de novo… ficou abaixo da expectativa, que era de um crescimento de 2,7%.
Não é uma tragédia grega, claro. Mas é daquelas notícias que fazem o pessoal do mercado ajustar os óculos e ficar com a pulga atrás da orelha. Será que é só um soluço, um ponto fora da curva, ou o início de uma tendência mais preocupante de desaceleração? Só o tempo – e os próximos trimestres – vão dizer.
Enquanto isso, o governo e os investidores vão ter que ficar de olho. Porque economia parada é igual a água parada: pode criar bicho.