
Numa jogada que pegou muitos de surpresa — mas que não deveria, se olharmos os últimos anos — o Brasil soltou o verbo contra os Estados Unidos na Organização Mundial do Comércio (OMC). E não foi um discursozinho diplomático, não. Foi na lata, como quem não teme as consequências.
"Isso aqui tá virando faroeste", resmungou um diplomata nos bastidores, enquanto o representante brasileiro esmiuçava números que mostravam como as tarifas americanas estão, nas palavras dele, "distorcendo o comércio global de forma escancarada".
O que está em jogo?
Pense no seguinte: você vai ao mercado e descobre que o pão francês — aquele mesmo de sempre — subiu 30% do nada. Agora imagine isso acontecendo com produtos que o Brasil exporta, como soja, aço e suco de laranja. É mais ou menos o que os americanos fizeram, segundo nosso governo.
- Aço brasileiro: tarifa pulou de 0% para 25% em alguns casos
- Suco de laranja: alíquota extra de até 30%
- Produtos de alumínio: barreira que chega a 10%
"É protecionismo puro e simples", disparou o representante do Itamaraty, deixando claro que o Brasil não vai ficar de braços cruzados. A postura lembra aquela velha máxima do barão do Rio Branco: "Na diplomacia, fala-se baixo, mas carrega-se um porrete grande".
E agora, José?
O problema é que essas tarifas não são só números num papel. Elas podem:
- Reduzir as exportações brasileiras — e aí já sabe, menos dinheiro entrando
- Forçar nossos produtores a baixarem preços para competir
- Resultar em demissões em setores já combalidos
Mas calma! Antes de entrar em pânico, saiba que o Brasil tem algumas cartas na manga. A principal? Levar o caso à OMC pode render uma vitória jurídica — como já aconteceu em 2019, quando ganhamos uma disputa similar.
Enquanto isso, os empresários brasileiros ficam naquele "fogo no rabo e água na boca": torcendo para o governo resolver, mas já pensando em planos B, como diversificar mercados. "A Ásia tá aí, né?", comentou o dono de uma trading de commodities, num misto de esperança e desespero.
Uma coisa é certa: essa briga está longe de acabar. E você, leitor, pode sentir seus efeitos no preço do pãozinho — ou no emprego do vizinho. Fique de olho!