
Eis que o Brasil resolveu bater de frente com os Estados Unidos — e não foi no futebol. O governo federal, com aquela cara de paisagem, acaba de acionar a Organização Mundial do Comércio (OMC) contra as tarifas que os americanos impuseram sobre produtos brasileiros. Jogo duro, hein?
Segundo fontes do Itamaraty — que preferiram não dar as caras oficialmente —, a medida é uma resposta direta aos aumentos absurdos nas taxas de importação aplicadas pelo Tio Sam. E olha que não foi pouco: alguns setores chegaram a levar uma facada de até 30% a mais. O agro, claro, está no meio dessa briga.
Por que agora?
Parece que o Brasil engoliu seco por um tempo, mas a paciência tem limite. Depois de meses de conversas que não saíram do lugar — aquelas reuniões em que todo mundo fala bonito, mas ninguém cede —, o Planalto decidiu partir para a ação. "Não dava mais pra ficar de braços cruzados", soltou um assessor, entre um café e outro.
Os números são preocupantes:
- Queda de 12% nas exportações para os EUA no último trimestre
- Prejuízo estimado em R$ 4 bilhões só este ano
- Setor de aço e alumínio entre os mais afetados
E agora, José?
O processo na OMC não é coisa rápida — pode levar anos, na real. Enquanto isso, os empresários brasileiros estão com a corda no pescoço. "Ou a gente acha outros mercados, ou fecha as portas", desabafou o dono de uma indústria de autopeças, que já demitiu 20% dos funcionários.
Mas tem quem veja luz no fim do túnel. Especialistas em comércio exterior acreditam que a jogada brasileira pode render frutos — mesmo que a médio prazo. "É uma mensagem clara: o Brasil não vai ficar de joelhos", analisa uma professora de relações internacionais da USP, entre um dado e outro.
Enquanto isso, no Congresso Nacional, a discussão esquenta. Alguns parlamentares defendem medidas de retaliação (olha a briga feia aí), enquanto outros pedem cautela — afinal, os EUA continuam sendo nosso segundo maior parceiro comercial. Vai dar zebra? Só o tempo dirá.