
Eis que o Brasil saca mais uma cartada no tabuleiro do comércio internacional — e dessa vez o alvo são os Estados Unidos. Na última terça-feira, o Itamaraty decidiu puxar o tapete de Washington na Organização Mundial do Comércio (OMC), contestando aquelas tarifas que os americanos resolveram enfiar nas importações de aço e alumínio.
Não é brincadeira não. Segundo fontes do governo, as medidas dos EUA — que beiram os 25% em alguns produtos — estão dando um nó na indústria brasileira. "É como se você estivesse jogando futebol e o adversário resolvesse mudar as regras no meio do jogo", reclama um técnico do Ministério da Economia, que prefere não se identificar.
O jogo pesado das tarifas
Os números falam por si só: só no último ano, as exportações brasileiras de aço para os EUA caíram quase 15%. E olha que a gente nem tá contando os efeitos indiretos — sabe aquele efeito dominó que ninguém gosta? Pois é.
- Setor automotivo: sentindo o baque
- Construção civil: orçamentos revirados
- Cadeia de suprimentos: um verdadeiro quebra-cabeça
Não à toa, o Brasil resolveu apelar para a "árbitra" do comércio mundial. "Temos convicção jurídica sólida", garante o ministro das Relações Exteriores, enquanto ajusta a gravata — metáfora involuntária para a situação apertada.
E agora, José?
O processo na OMC pode levar anos (sim, a burocracia internacional não brinca em serviço). Enquanto isso, os empresários brasileiros seguem na corda bamba entre:
- Procurar novos mercados
- Engolir os custos extras
- Torcer para a diplomacia resolver
Curiosamente, essa não é a primeira vez que os EUA dão esse tipo de canelada comercial. Em 2018, sob o governo Trump, uma jogada parecida gerou rebuliço mundial. Só que agora, com a economia global mais frágil que vidro de loja de departamentos, o estrago pode ser maior.
Especialistas ouvidos pelo JB foram direto ao ponto: "Ou a OMC segura essa bronca, ou vamos ver uma escalada protecionista que ninguém quer". E olha que esses caras normalmente falam com 50 rodeios antes de dar opinião.