
Se você sente que o dinheiro não rende como antes, não está sozinho. O Brasil virou um labirinto de contas altas — e a moradia lidera esse pesadelo financeiro. Dados recentes mostram que os gastos com casa própria ou aluguel subiram mais que a inflação geral, apertando ainda mais o orçamento das famílias.
O que está por trás desse furacão nos preços?
Três fatores explodem simultaneamente: materiais de construção nas alturas (quem diria que um saco de cimento viraria artigo de luxo?), juros estratosféricos para financiamentos e — pasme — uma demanda que não para de crescer nas grandes cidades. Enquanto isso, salários continuam engatinhando.
"É uma equação perversa", analisa o economista Carlos Mendes, que acompanha o setor há 15 anos. "Quando corrigimos os valores pela inflação, percebemos que o brasileiro médio gasta 38% a mais com habitação do que gastava em 2015."
Efeito dominó no cotidiano
- Aluguel em São Paulo? Só com 30% do salário mínimo
- Prestação do financiamento come 2 salários em capitais
- Até os bairros periféricos estão ficando caros
Morar virou artigo de primeira necessidade — mas com preço de produto importado. E o pior? Ninguém sabe quando essa maré vai baixar. O governo promete medidas, os especialistas torcem o nariz, e o cidadão... bem, o cidadão vai aprendendo a viver com menos.
(Ah, e antes que eu me esqueça — sim, aquela história de "comprar é melhor que alugar"? Hoje, depende. Muito.)