
Quem aluga imóvel no Brasil está sentindo no bolso — e como! Os valores residenciais deram um salto de mais de 10% nos últimos 12 meses, segundo dados recentes. Um sufoco que deixou muitos inquilinos entre a cruz e a espada: pagar mais ou encarar a mudança.
"É assustador", confessa a carioca Mariana Souza, que viu seu aluguel subir R$ 400 em plena zona oeste do Rio. "Ou eu arrumo um segundo emprego ou vou ter que voltar a morar com meus pais aos 35 anos."
Por que tá tudo tão caro?
Três fatores explodindo a conta:
- Demanda reprimida — Gente saindo da casa dos pais pós-pandemia
- Custos de construção nas alturas (materiais até 18% mais caros)
- Juros altos fazendo proprietários repassarem custos
E olha que a inflação oficial ficou bem abaixo disso. "O mercado imobiliário sempre reage com atraso", explica o economista Luiz Campos. "Quando os juros caírem, pode melhorar. Mas até lá..."
Como não falir com o aluguel
Algumas saídas inteligentes:
- Negocie diretamente — Proprietários evitam custos de novo inquilino
- Considere bairros adjacentes — Às vezes 15 minutos a mais valem 30% a menos
- Fique de olho em programas sociais como Minha Casa Minha Vida
"Tem gente usando até Airbnb como moradia fixa", conta a corretora Ana Beatriz. "Dividem com amigos e saem no lucro." Criatividade virou moeda de troca.
Enquanto isso, nas grandes capitais como São Paulo e Recife, a busca por repúblicas e kitnets explodiu. Afinal, quando o bolso aperta, o jeito é apertar o cinto — ou achar companhia para dividir o aperto.