O mercado financeiro respirou aliviado nesta sexta-feira após a divulgação de dados de inflação tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos que vieram abaixo das expectativas. O cenário mais brando nos indicadores de preços impulsionou uma sessão de leve otimismo, com dólar e Bolsa fechando em alta.
Dados que acalmaram os mercados
No front doméstico, o IPCA-15 de novembro surpreendeu positivamente ao registrar alta de apenas 0,27%, ficando abaixo da previsão média do mercado que era de 0,32%. Este é o menor resultado para o período desde 2020, sinalizando uma desaceleração mais consistente da inflação brasileira.
Do outro lado do hemisfério, os americanos também comemoraram números animadores. O índice PCE, metric preferida do Federal Reserve para medir inflação, apresentou crescimento de 0,2% em outubro, contra os 0,3% projetados pelos analistas.
Como os mercados reagiram
O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, encerrou o dia com valorização de 0,31%, atingindo 127.389 pontos. O desempenho reflete o alívio dos investidores com a perspectiva de que o Banco Central possa manter o ciclo de cortes na taxa Selic.
No mercado cambial, o dólar comercial fechou com alta de 0,21%, cotado a R$ 4,96 para venda. A moeda norte-americana chegou a operar em queda durante parte do pregão, mas recuperou-se ao final, ainda assim dentro de um patamar considerado controlado.
O que isso significa para os próximos passos do Copom e do Fed
Os dados reforçam a tese de que tanto o Comitê de Política Monetária do Brasil quanto o Federal Reserve dos EUA terão mais espaço para adoçar sua política monetária. Especialistas avaliam que as autoridades monetárias de ambos os países ganharam margem para potencialmente acelerar os cortes de juros sem risco de reaceleração inflacionária.
O cenário atual sugere um ambiente mais favorável para investimentos em renda variável e para o crédito em geral, com a expectativa de que o custo do dinheiro continue em trajetória de queda nos próximos meses.