Mercado de Trabalho em Agosto: Brasil Gera 147 Mil Novos Empregos, Mas Crescimento Desacelera
Brasil cria 147 mil empregos em agosto, mas cresce menos

O que está acontecendo com o mercado de trabalho brasileiro? Os números de agosto chegaram e, bem, a coisa não está tão animadora quanto a gente gostaria. O Brasil criou 147.091 empregos com carteira assinada no mês passado, segundo dados do Novo CAGED que acabaram de ser divulgados pelo Ministério do Trabalho.

Parece bom, né? Mas espere um pouco antes de comemorar. Quando você coloca na ponta do lápis e compara com agosto do ano passado, a realidade aparece: foi uma queda de nada menos que 38% na geração de empregos. É como se o motor da economia estivesse dando uma leve cochilada.

Setor de serviços puxa a fila

Quem salvou a pátria? O setor de serviços, sem dúvida. Sozinho, ele foi responsável por 90.423 das novas vagas - isso representa mais de 60% do total. Impressionante, não? Parece que o brasileiro continua consumindo serviços, mesmo com o aperto no orçamento.

Já a indústria... bem, vamos dizer que ela está num momento mais tímido. Criou apenas 26.859 postos de trabalho. E o comércio? Também não foi lá essas coisas - 25.833 novas contratações. A construção civil praticamente empatou, com 4.977 vagas.

E o que dizem os especialistas?

Olhando de perto, os números mostram uma realidade meio mista. Sim, estamos criando empregos - e isso é sempre bom. Mas o ritmo? Bem mais devagar que antes. É como se a economia estivesse andando de marcha ré, mas sem querer admitir.

Alguns analistas que acompanho dizem que isso reflete aquele velho cenário de juros altos e consumo mais contido. Outros apontam para a incerteza global que sempre acaba respingando aqui. A verdade é que ninguém tem uma resposta definitiva - a economia é uma daquelas coisas cheias de surpresas.

Comparando com julho, pelo menos temos uma notícia melhor: alta de 18,5%. Mas será que é só um fôlego temporário ou o início de uma recuperação mais consistente? Só o tempo - e os próximos meses - vão dizer.

E agora, o que esperar?

O fato é que o mercado de trabalho brasileiro parece estar num daqueles momentos de "dois passos pra frente, um pra trás". Criamos empregos, sim, mas num ritmo que deixa a gente com aquela pulga atrás da orelha.

Para as empresas, a mensagem é clara: cautela. Para os trabalhadores, a situação exige um pouco mais de jogo de cintura. E para o governo? Bom, esse é um daqueles quebra-cabeças que ninguém gostaria de ter que montar.

O que me preocupa é que, se essa desaceleração continuar, podemos estar diante de um cenário mais complicado lá na frente. Mas, como sempre digo, economia é como o tempo: pode mudar quando a gente menos espera.