
Parece que o Brasil vai continuar nadando contra a maré dos juros altos por mais um bom tempo. Pelo menos é o que aponta a análise do economista André Perfeito, da Necton Investimentos. Segundo ele, a taxa Selic deve ficar congelada nos atuais 15% até o final do ano — e quem esperava um alívio nas prestações pode ir se conformando.
O copo meio cheio (ou meio vazio?)
"O COPOM está entre a cruz e a espada", brinca o especialista, referindo-se ao dilema do Comitê de Política Monetária. De um lado, a inflação que teima em não cair como se esperava. Do outro, uma economia que patina — e que poderia reagir melhor com juros mais baixos.
Mas calma lá! Antes que você pense que é só notícia ruim, Perfeito faz um mea-culpa interessante: "Erramos feio nas projeções anteriores. A queda da Selic está mais lenta que tartaruga em dia de preguiça".
Efeito dominó no seu dia a dia
- Cartão de crédito continuará pesando no bolso
- Financiamentos imobiliários e de veículos seguem caros
- Investimentos em renda fixa ainda renderão bem
Não é exatamente um cenário para comemorar, mas também não é o fim do mundo. Como dizia minha avó: "Contra fatos não há argumentos — e contra juros altos, só paciência".
O próximo encontro do COPOM, marcado para agosto, deve ser mais um daqueles "mantenha tudo como está". Enquanto isso, o jeito é apertar o cinto e esperar que 2024 traga ventos mais favoráveis.