
Parece que os brasileiros estão finalmente acordando para a importância de se proteger — e não é só com protetor solar. O mercado de seguros de pessoas, aquele que cobre vida, acidentes e saúde, acabou de bater um recorde impressionante: mais de R$ 30 bilhões em prêmios acumulados só no primeiro semestre deste ano.
Segundo dados da SUSEP (Superintendência de Seguros Privados), o crescimento foi de nada menos que 12,5% em relação ao mesmo período do ano passado. E olha que a economia anda meio capenga, mas nesse setor parece que o dinheiro não para de circular.
O que está por trás desse boom?
Bom, vários fatores. Primeiro, a pandemia deixou todo mundo com aquela pulga atrás da orelha — ninguém quer ser pego desprevenido de novo. Depois, os bancos estão empurrando seguros junto com empréstimos como se não houvesse amanhã (e às vezes até sem o cliente perceber, mas isso é outra história).
Ah, e não podemos esquecer dos planos de saúde, que estão mais caros que iPhone novo. Muita gente migrou para seguros mais em conta, especialmente os coletivos empresariais.
- Seguros de vida lideram o ranking, com crescimento de 15%
- Planos de previdência privada também deram um salto
- Região Sudeste concentra mais da metade do mercado
"É um movimento que reflete maior maturidade do consumidor", diz um especialista do mercado que preferiu não se identificar — afinal, falar de dinheiro sempre é delicado. "Mas ainda estamos longe do potencial total."
E os próximos meses?
Com a inflação dando uma trégua e o crédito voltando a fluir, a expectativa é que o setor continue em alta. Algumas corretoras já estão contratando mais gente pra dar conta da demanda — coisa rara nesses tempos de layoffs.
Mas calma lá! Nem tudo são flores. O desafio agora é evitar que os produtos virem "letra miúda" na vida do consumidor. Afinal, seguro é pra trazer tranquilidade, não dor de cabeça.