
Não é segredo pra ninguém que o bolso do brasileiro tá sangrando. Com a Selic lá no teto — e sem perspectiva de cair tão cedo —, quem precisa de crédito está entre a cruz e a espada. Mas e se eu te disser que tem gente achando saída onde poucos pensam em procurar?
Pois é. O consórcio, aquele velho conhecido que muita gente torcia o nariz, está vivendo seu momento de redenção. Dados do setor mostram que as contratações subiram 27% no último trimestre — e não é por acaso.
Por que o consórcio virou a bola da vez?
Simples: enquanto os bancos cobram juros que beiram o absurdo (já viu algum empréstimo pessoal abaixo de 5% ao mês?), no consórcio você paga apenas taxa administrativa e fundo comum. Faz as contas: a diferença é brutal.
"Mas esperar anos na fila?" — você pode perguntar. Aí que tá: com a alta demanda, as administradoras estão criando grupos temáticos mais ágeis. Tem de tudo: desde consórcios para motos (que estão pipocando nas grandes cidades) até para reformas residenciais.
Vantagens que ninguém te conta
- Sem sustos: As parcelas são fixas do começo ao fim — adeus, reajustes surpresa
- Flexibilidade: Dá pra dar lances, antecipar parcelas ou até desistir (com ressalvas, claro)
- Sem dívida: Se o plano não for contemplado, você recebe tudo de volta (menos aquela taxa administrativa)
Claro que não é mar de rosas. Tem que ter disciplina pra juntar a grana mensalmente, e a espera pode ser longa dependendo do bem. Mas comparado com os juros que os bancos estão praticando? Meu amigo...
O perfil mudou — e muito
Antes dominado por quem queria carro zero, hoje o consórcio virou opção estratégica até para pequenos empresários. "Comprei equipamentos pra minha oficina sem precisar penhorar a casa", conta Marcos, de São José dos Campos, que preferiu não revelar o sobrenome.
E não para por aí: imóveis, viagens internacionais e até tratamentos de saúde estão entrando na lista. Afinal, quando o crédito tradicional vira um pesadelo, a criatividade — e o consórcio — ganham espaço.
Será que essa é a luz no fim do túnel? Bom, pelo menos enquanto a Selic não dá trégua, parece ser o caminho menos doloroso para quem não quer — ou não pode — ficar refém dos bancos.